Uma cerveja tradicional está passando por dificuldades e luta contra falência
Uma cerveja tradicional e que está sempre na mesa dos brasileiros, tem passado por situações financeiras bem complicadas e o radar da falência começou a apitar.
Acontece que o dono do grupo já passou por diversas polêmicas e recentemente o mesmo pediu para a justiça uma recuperação judicial.
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No dia 27 de março o Grupo Petrópolis, dono da cerveja Itaipava, entrou em recuperação judicial, apesar de pedir a recuperação, isso não significa que a empresa vá falir.
Segundo o UOL, e os grandes especialistas em economia, a dívida da empresa não é grande, o que ajuda no pagamento das dívidas e mostra um caminho positivo contra a falência.
Algumas causas podem ter determinado para que o dono da Itaipava caminhasse por esse caminho:
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- A pandemia fez com que as pessoas consumissem mais cervejas premium, já que vão menos ao bar
- Como a cerveja no mercado é mais barata, as mesmas pessoas buscaram mais ‘seletividade’ nos rótulos
- Ambev aumentou o arsenal de bebidas premium e soube mergulhar nesse ‘problema’ do mercado
O pedido de recuperação judicial ainda afirmava que as concorrentes seguraram os preços, mesmo com o aumento dos insumos para a produção de cervejas como a Itaipava.
O pedido de recuperação judicial diz que as principais concorrentes do grupo recebem incentivos por produzirem na Zona Franca de Manaus e adotam práticas consideradas “planejamento tributário abusivo” pelas autoridades fiscais.
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A dívida de 4,2 bilhões reportada pela empresa é considerada pequena para o porte da companhia, na visão dos analistas do BTG Pactual. Com a recuperação judicial, o grupo tem a possibilidade de adiar pagamentos e melhorar sua situação financeira para voltar a competir, disse o banco em relatório.
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QUEM É O DONO DO GRUPO PETRÓPOLIS?
Walter Faria, 68, é o dono do Grupo Petrópolis, dono da Cerveja Itaipava. Segundo o Estadão, nos últimos anos ele esteve foragido, ficou preso e ainda foi torpedeado pelos próprios parentes em meio às investigações na Operação Lava Jato.
Investigado pelo uso de dinheiro em offshores (contas abertas em países com menores tributações), Faria se diz traído por homens de confiança que as controlavam em um golpe multimilionário durante seu calvário na Lava Jato.
Em delação premiada, executivos da Odebrecht admitiram que usavam a Itaipava para lavagem de dinheiro de propinas e repasses a campanhas de políticos. O chamado “caixa três”, que envolvia uma triangulação entre a empreiteira, doleiros e a cervejaria, teria movimentado R$ 329 milhões.
Na Lava Jato, Faria foi denunciado por 12 crimes de lavagem de dinheiro relacionados a repasses da Odebrecht.