Loja famosa e amada pela maioria das brasileiras se encontra em situação cada vez mais difícil
Que as terríveis ondas de falências, ao lado da crise, estão passando igual “rolo compressor”, no mercado varejista, já não é mais novidade.
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Entre tantos nomes famosos, temos uma em especial, que ao anunciar a sua situação, causou um verdadeiro choque para muitos clientes. Principalmente entre as mulheres do nosso país que, com toda a certeza, deve ter ao menos uma peça dessa loja em seus guarda roupas.
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Estamos falando da rosinha mais popular, Marisa, cujo slogan sempre enalteceu seu público alvo mais fiel, as mulheres. Quem não se lembra das chamadas “De mulher pra Mulher” …
Pois é, quem diria! A Marisa, que está presente nos principais shoppings do país, assim como tantas outras marcas, está enfrentando uma de suas maiores tempestades financeiras.
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Longe do “mar de rosas” …
Segundo o portal Uol, a Marisa enfrentou nos últimos dias, pelo menos umas 10 ações de despejo relacionadas à inadimplência em contratos de aluguel, a ação de despejo mais recente ocorreu no dia 30 de maio deste ano.
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Vale dizer que esses processos começaram a ser protocolados na Justiça desde fevereiro de 2023, após a empresa admitir que não conseguiria honrar pagamentos.
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Segundo as informações apuradas pelo jornal O Estado de S.Paulo, um dos casos foi registrado no dia 3 de maio, e nele consta a exigência do pagamento de R$ 413.113,32. O montante total das ações referente aos aluguéis atrasados chegou na faixa de R$ 10,1 milhões.
Em meio ao caos, a Marisa chegou a divulgar uma nota afirmando que já renegociou contratos com diversos fornecedores, incluindo proprietários de imóveis.
A empresa ainda destacou que a maior parte dessas renegociações já foi concluída e que pretende buscar um acordo amigável entre todos os credores.
Se não bastasse tudo isso, a Marisa ainda está enfrentando pedidos de falência, que partiu dos seus credores. Só nesse meio tempo, foram exatos três pedidos solicitando a falência da empresa, cujas dívidas somadas chegam no valor de aproximadamente R$ 800 mil.
Prejuízos
Porém, a Marisa anunciou uma reformulação de comitês e um plano de reestruturação que inclui o fechamento de 30% das lojas físicas. A expectativa é que essas medidas promovessem uma economia de R$ 50 milhões.
Na época, o CEO da empresa, João Pinheiro Nogueira Batista, A rede dispôs de R$ 62 milhões para encerrar as atividades de 91 unidades*SAIBAMAIS*
No entanto, apesar de todas essas medidas, o prejuízo da empresa aumentou sete vezes mais, deixando um sentimento de alerta e causando a queda das ações no mercado financeiro.
Segundo o portal Uol, a lojas Marisa divulgou resultados bem negativos no 1º trimestre de 2023. O prejuízo foi de R$ 149 milhões no período, 64,2% maior do que os R$ 90,7 milhões registrados nos três primeiros meses do ano passado.
Ainda há salvação para a Marisa?
Segundo foi avaliado por Dierson Richetti, que é especialista em investimento e sócio da GT Capital, apesar de todo esse cenário adverso, a empresa conseguiu até que uma receita liquida positiva em 2022 comparado ao ano de 2021 tendo um faturamento de R$ 440,5 milhões.
Porém, o maior desafio da Marisa hoje, segundo Richetti, é o comércio eletrônico. Mesmo com toda sua popularidade, com a pandemia da Covid-19, que abalou o Brasil e o mundo, a rede perdeu alguma de suas vantagens competitivas.
Afinal de contas, marcas que já estavam no e-comerce cresceram absurdamente, e com seus valores bem abaixo, fica ainda mais complicado competir.
Fora isso, segundo o analista a Marisa demorou muito a se posicionar no comércio digital, o que contribuiu ainda mais pra sua queda de vendas.
Sendo assim, o seu diferencial como marca não foram suficiente para segurar seus clientes durante o período pandêmico e as vendas não foram recuperadas.
Por meio de comunicado, divulgado em maio, a empresa disse que está em “rota de ajuste”. A Marisa ainda afirmou que possui “números positivos na operação de varejo, notadamente na receita e margem bruta” e mostra uma certa “resiliência” diante de cenário adverso.
Ela ainda atribuiu a sua crise a uma série de fatores como consumo enxuto dos clientes e ás importações ilegais da concorrência sem a devida tributações, as elevadas taxas de juros e restrições mais rígidas de capital de giro
Além disso, como mencionamos, a concorrência da China é muito grande para o setor e o segmento é muito competitivo por si só. Empresas que não se modernizaram rapidamente acabaram sofrendo mais.
Se continuar nesse ritmo, ficará cada vez mais difícil da rosinha se salvar, e pode ser, que ela deixe de existir, o que vai deixar muita gente entristecida. Será o fim de uma era?