Um grande shopping brasileiro vive em situação lamentável em meio a um cenário crítico
O que era pra ser um grande Shopping brasileiro se transformou em um verdadeiro pesadelo para milhares de moradores de uma região localizada em Porto Alegre.
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Estamos falando do Shopping Floresta, que foi idealizado na década de 1990 mas infelizmente encerrou suas atividades antes mesmo de conseguir inaugurar.
Elefante branco
Como mencionamos no inicio do texto, o que era pra ser um enorme empreendimento se transformou em apenas um grande elefante branco, se resumindo a apenas um bloco de concreto abandonado na quadra entre as avenidas Cristóvão Colombo e Mercedes e a Rua Félix da Cunha, na zona norte de Porto Alegre.
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As obras do Shopping Floresta foram interrompidas e retomadas algumas vezes ao longo desses últimos 29 anos e atualmente estão paradas e o local se encontra no mais total abandono.
De acordo com o portal GZH, o Grupo Isdra, proprietário da área, afirma que o empreendimento passa por uma reformulação, mas garante que ainda há potencial e que a estrutura será aproveitada.
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Em meio ao caos
O prédio que abrigaria o Shopping Floresta começou a sair do chão no ano de 1994. Em 2003, de acordo com uma reportagem do Zero Hora 35 famílias residentes em um edifício vizinho sofriam com rachaduras e danos causados pela obra.
Uma ação judicial chegou a embargar a construção do Shopping Floresta, na época, e posteriormente resultou em indenizações a pelo menos uma moradora afetada. As indenizações determinadas pela Justiça aos vizinhos foram pagas, segundo o presidente do Grupo Isdra.
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Entre 2012 e 2014, o Hotel Master Cosmopolitan, que dividiria estacionamento com o shopping, foi concluído, mas as obras na parte comercial do complexo foram paralisadas ainda no ano de 2012 e, desde então, continuam sem progredir.
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A ideia dos empresários era repetir ali a combinação de sucesso do Rua da Praia Shopping desde 1990, com operação comercial mista. Záchia Isdra explica que a filosofia da empresa é tratar de cada empreendimento com cautela e visão de longo prazo.
Nos últimos anos, o foco de investimento era, além das indústrias Fibraplac e Isdralit, a consolidação da operação comercial na avenida Nilo Peçanha, o Astir Center Mall.
Em um futuro próximo, os moradores do bairro Floresta devem ver melhorias na Cristóvão, projeta o presidente do grupo. A curto prazo, a garantia é de segurança interna e manutenção estrutural do imóvel.
O Gerente de Incorporação da Astir, Marcus Vanin, afirma que moradores tem queixas inquestionáveis e que é do desejo de todos que o caso seja resolvido da melhor forma.
Porém, o sentimento é de frustração e preocupação com a cidade, sendo assim, um dos propósitos do grupo é conseguir alcançar, ao menos, um impacto positivo para todos.
1-Abandono
Mesmo com o estacionamento funcionando ao lado do Hotel Master Cosmopolitan, as fachadas dos fundos e da lateral têm aspecto de abandono.
A interrupção dos trabalhos fez o local ser usado como abrigo por moradores de rua, além de ser alvo de pichações e de acúmulo de sujeira.
Ainda de acordo com a GZH, em abril de 2023, além de queixas pelo abandono, surgiram expectativas positivas pelo andamento das obras, conclusão do shopping, ou até mesmo o aproveitamento da área para outro fim.
Lívia Trois, diretora da rede hoteleira, afirma que a situação foi pior em anos anteriores. Ela diz que houve uma atenção dos empresários em qualificar o trabalho da vigilância privada e manutenção física na via e jardins do entorno.
O gerente do Master Hotel Cosmopolitan, Fabiano Dornelles, mostrou o estacionamento que seria compartilhado entre o empreendimento e o shopping.
Ele afirmou que o espaço tem Plano de Prevenção e Combate a Incêndio, estrutura elétrica e hidráulica prontas, além de ter renovado recentemente o contrato de operação com a empresa Safe Park.
São seis andares com vagas que vão desde a metade da quadra, com entrada pela Rua Félix da Cunha, quase até a frente, que fica na Avenida Cristóvão Colombo.
O hotel se ergue acima dos andares de estacionamento e terraço com restaurante e academia. De dentro do espaço para veículos, é possível enxergar os andares inferiores, onde funcionariam os três pisos do shopping. Lonas pretas cobrem os vãos que receberiam escadas rolantes. Pombas circulam livremente pelo espaço desocupado.
Do lado de fora, a fachada, na Cristóvão, tem pichações e vegetação crescida. Colchões e cobertores dão indício da frequência com que moradores de rua utilizam a Avenida Mercedes como abrigo.
A área que seria a entrada dos fundos do shopping é utilizada como estacionamento de rua monitorado por flanelinhas. O baixo movimento de pedestres é justificado por alguns entrevistados pela insegurança. Alguns dizer ter flagrado até mesmo tráfico de drogas na via.
A situação de invasão de um dos imóveis é confirmada pelos proprietários. O Grupo Isdra tem sete casas na rua e diz que as outras seis não enfrentam o mesmo problema. Os invasores, segundo o grupo empresarial, são alvo de uma ação judicial de reintegração de posse.
2-Sentimento de insegurança ao redor
Além de mencionar a circulação de moradores de rua e catadores, algo que se repete em outras regiões da cidade, o que anda preocupando são os furtos são frequentes no local.
Nos últimos invernos, quando a noite começa mais cedo, o horário de funcionamento do comércio é reduzido para garantir a segurança dos funcionários, eles contam.
O que as autoridades dizem a respeito disso?
A polícia local, diante dos fatos, chegou a se pronunciar. Segundo a delegada Rosane Oliveira, titular da 3ª Delegacia de Polícia, há recorrência de uso de drogas na região, mas não reconhece que haja pontos de tráfico.
Sobre ocorrências contra pedestres, ela diz ter poucos registros de roubos, seja a veículos ou ao comércio no local.
Já as duas companhias do 9º Batalhão de Polícia Militar que trabalham no local afirmam que planejam as estratégias de policiamento ostensivo através da análise de dados de ocorrências.
Segundo os comandantes, responsáveis pela 4ª Companhia, capitão Dall Agnol, e pela 3ª Companhia, capitã Roberta, a quadra não é vista como um foco de criminalidade, mas, mesmo assim, é alvo de rondas e fiscalizações rotineiras.