A venda de banco tradicional, rival do Bradesco, em meio a crise em país
Em agosto de 2023, mais precisamente no dia 24 de agosto, um dos bancos mais tradicionais, rival do Bradesco, acabou anunciando a venda de TODAS as suas operações em um país, após 40 anos de atividades, para um forte concorrente local.
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Estamos falando do Banco Itaú Unibanco, fundado ainda em 1945 e no ano de 2008 foi concluída a fusão com o antigo Unibanco, fazendo a instituição chegar em outro patamar*
*Para saber mais sobre esse assunto, clique aqui
Vale mencionar que atualmente o Itaú é o banco brasileiro com maior presença na América do Sul, com operações no Chile, Colômbia, Paraguai e Uruguai
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Vendido à rival
Como mencionamos no inicio desse texto, o Itaú acabou vendendo TODAS as suas operações para um concorrente de peso na Argentina.
Estamos falando do Banco Macro, uma instituição que opera no país latino americano desde 1988. Vale dizer que o valor da venda rendeu ao cofres do Itaú a quantia de R$ 250 milhões.
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Comunicado oficial
De acordo com o G1, por meio de um comunicado oficial, o Banco Itaú fez questão de informar que, após a conclusão do negócio, o atendimento aos clientes corporativos locais e regionais não seriam afetados.
O banco também afirmou que iria fazer um pedido na Argentina e no Brasil para abertura de escritório de representação em território argentino.
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O presidente do Itaú na Argentina, Paraguai e Uruguai, André Gailey, deu a seguinte declaração:
Vale dizer que na América Latina, além de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o Itaú também mantém operações no Chile e Colômbia.
1-Especulações e crise
O Itaú Unibanco não informou, na época, o motivo OFICIAL para a venda da operação na Argentina, cujo anúncio ocorreu no mesmo dia em que o BRICS* (que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) fez convite formal para entrada do país no grupo.
*O BRICS é um grupo de países de mercado emergente em relação ao seu desenvolvimento econômico.
Segundo ele, 80% da carteira de crédito do Itaú Unibanco na América Latina estava concentrada nas operações do Chile e da Colômbia.
Fora isso, o banco Itaú passava pela mesma crise econômica que os DEMAIS bancos enfrentavam na Argentina, cujo país ainda sofre com a inflação, o que acaba refletindo nos créditos concedidos.
De acordo com o portal G1, as ações do Itaú também exibiam uma queda de 0,7%, na Argentina, enquanto o Ibovespa recuava 0,34%.
2- Situação do banco Macro após a compra
O presidente do Banco Macro, após a compra, em comunicado oficial à imprensa disse: “Agora, dobraremos nossa presença na área metropolitana de Buenos Aires”
De acordo com o portal O Globo, com a aquisição, o Banco Macro se consolida como o maior banco privado de capital argentino no país com a maior rede de postos de atendimento distribuídos por toda a Argentina.
Tendo 565 agências e 9,4 mil funcionários, o Banco Macro chegará a 6 milhões de clientes. Vale destacar que o Banco Macro atende desde pessoas físicas até grandes empresas.
A instituição argentina ainda tem um valor de mercado de US$ 1,3 bilhão, enquanto o valor de mercado do Itaú é de R$ 247 bilhões (US$ 50 bilhões). O banco argentino é quinto maior do país com 2,1 trilhões de pesos em ativos, de acordo com o banco central argentino.
Como foi a trajetória do Itaú na Argentina?
Ainda de acordo com o G1, o Itaú ingressou na Argentina no ano de 1979, com a criação de uma operação de atacado para atender transações de comércio exterior de multinacionais.
Em 1995, o banco iniciou operações de varejo, abrindo a primeira agência na Argentina. Vale dizer que o Itaú Unibanco comprou o Banco del Buen Ayre no ano de 1998, mudando a razão social para Banco Itaú Argentina em 2008.
O Itaú Argentina era, até o final do ano de 2022, o 16º maior banco do país em total de empréstimos em pesos argentinos, e o 11º considerando apenas bancos privados, com uma participação no mercado de 2,1%.
O banco operava, na época, em 67 agências e pontos de atendimento. A carteira de crédito do Itaú Argentina no final de junho deste ano era de 9,1 bilhões de reais, queda de 10,4% sobre um ano antes.
Já o Banco Macro se consolida como o maior banco privado de capital argentino no país, com 565 agências, 9,4 mil funcionários e 6 milhões de clientes.