Grande Shopping, que ficava localizado no estado de São Paulo, ficou em ruínas após falência
O ano era de 1999 quando um marcante Shopping localizado em São Bernardo do Campo, encerrou suas atividades, deixando milhares de pessoas desempregadas e, posteriormente, acabou sendo considerado um dos locais “assombrados da região”.
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Estamos falando do Best Shopping, o empreendimento que foi fundado em 1986, chegou a receber uma média de 5 mil pessoas por semana e até 10 mil aos fins de semana, o que era um marco para a época.
Segundo o Diário Grande ABC, o empreendimento passou a atravessar um período conturbado e uma série de dificuldades financeiras por 4 anos consecutivos.
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Porém, das 193 lojas que haviam sido abertas no local, somente 43 continuaram funcionando até julho de 1999. Isso porque além das dificuldades, a prefeitura havia lacrado o prédio por conta da falta de alvará do Corpo de Bombeiros.
Com isso, alguns proprietários começaram a “debandada” fechando as portas e levando todas as mercadorias.
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As duas salas de cinema ficaram completamente desativadas e a praça de alimentação não chegou nem a ser totalmente ocupada. Meses antes de fechar, as lojas que ainda estavam em funcionamento, se dividiram entre o primeiro e o segundo pavimentos.
O terceiro ficou completamente vazio. Fora isso, o fechamento comprometeu o emprego de cerca de 200 funcionários que trabalham nas lojas, na manutenção do espaço e na segurança, seu fechamento total se deu em meados dos anos de 2001.
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Segundo o portal G1, de acordo com as declarações dadas pelo Secretário Municipal de Serviços Urbanos, Tarcísio Secoli, o modelo de gestão do Best Shopping não deu certo por uma certa falta de visão:
“Cada lojista era dono do seu espaço, e isso provocou uma inadimplência muito grande. A construtora acabou entrando em falência”
Demolição
No ano de 2015, 14 anos após o fechamento total do shopping, o prédio aonde o mesmo era sediado e que estava em total decadência foi demolido.
O tão aguardado anúncio da demolição do que sobrou do Best Shopping foi feito pelo advogado do empreendimento, Marco Alexandre.
Abandono, rituais macabros e medo da população vizinha
Ainda de acordo com o G1, a construção de três pavimentos divididos em 8 mil m² se tornou uma grande dor de cabeça para moradores da Chácara Inglesa, bairro nobre da cidade localizada na Grande São Paulo
Nos 14 anos em que ele ficou abandonado, o prédio serviu de casa para moradores de rua, usuários de drogas, para skatistas, pichadores, grafiteiros e praticantes de esportes radicais, como parkour,
Fora isso no período de 2002 a 2006 o prédio sofreu inúmeras invasões, foi saqueado, furtaram fios elétricos, elevadores e os metais da escada rolante. Inclusive teve muita intervenção da polícia no local para a retirada dessas pessoas.
O mais bizarro de tudo é que algumas pessoas usavam o local para fazer rituais macabros de magia negra , segundo Zenilson Gurgel, último administrador do Best Shopping, entre os anos de 1996 a 2001.
Um ex morador de rua chegou a dar um relato chocante do que rolava entre as ruínas do prédio:
“As mulheres vinham grávidas e saíam sem as crianças. Eles comiam gente morta aqui. Todo mundo que tinha contato com o shopping saía com uma “coisa daqui” – Disse ele na época
Segundo relatos de moradores da região da época, o medo tomava conta das pessoas , tanto é que muitos evitavam andar a pé nas redondezas do local, pois crimes como; assaltos à mão armada, roubo de carro, de celulares e estupros aconteciam com frequência.
Um relato feito por Ezaú Oliveira de Brito, que na época tinha seus 55 anos, e era vigilante do prédio durante alguns dias da semana descreveu que era comum presenciar casais fazendo sexo aqui e consumindo drogas.
Quanto custou a demolição do Shopping?
Vale mencionar que o condomínio do antigo Best Shopping possuía dívidas da ordem de R$ 20 milhões, entre IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
Fora os débitos trabalhistas e rateio dos gastos com serviços de manutenção feitos no prédio depois do fechamento do centro comercial, como remoção de entulho, contratação de vigilantes e bombeamento para retirada de águas pluviais no subsolo.
De acordo com o Diário do ABC, por conta das dívidas elevadas, cerca de 220 proprietários acabaram recebendo pouco dinheiro com a venda do terreno.
Como o advogado Marco Alexandre alegou na época: “No frigir dos ovos, não vai sobrar quase nada. Mas, pelo menos, não haverá mais cobranças”
A derrubada do prédio custou em torno de R$ 4 milhões.