Academia rival da Smart Fit fecha as portas em SC, deixando clientes desamparados e revoltados. Saiba os detalhes
No início de janeiro de 2025, um acontecimento inesperado abalou o setor fitness de Florianópolis. A academia Company Fitness, rival da Smart Fit, fechou suas portas sem aviso prévio, surpreendendo seus frequentadores.
Consequentemente, cerca de 400 alunos enfrentam prejuízos financeiros consideráveis. A situação se agrava porque o proprietário recusou a processar os cancelamentos dos contratos ativos.
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Nesse sentido, a partir de informações divulgadas pelo portal ‘ND Mais’, a equipe do TV Foco, especializada em varejo e serviços, traz agora mais detalhes sobre o assunto.
Surpresa e interrupção das atividades
Clientes relataram surpresa ao encontrar o estabelecimento fechado localizado no bairro Córrego Grande. Frequentadores informaram que, a partir de 1º de janeiro, a academia começou a operar fora dos horários normais, até cessar completamente as atividades na segunda-feira, dia 6 daquele mês.
Um cliente mencionou que os alunos já percebiam sinais de que a academia enfrentava dificuldades financeiras. Tentativas de diálogo com o proprietário não obtiveram sucesso, pois ele não fornecia respostas.
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Além disso, o cliente apontou que a academia de Florianópolis operava irregularmente em alguns dias. A presença apenas de um recepcionista, sem um instrutor qualificado, levantou questionamentos sobre a segurança e conformidade das operações.
Problemas de manutenção e higiene
A falta de manutenção e a higiene precária eram queixas constantes entre os alunos. Relatos e imagens indicavam condições inadequadas, incluindo a presença de insetos como baratas no local.
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Outro cliente ouvido pela reportagem observou uma queda na qualidade do serviço ao longo do último ano de funcionamento. Embora a academia tivesse investido em alguns equipamentos, a limpeza do espaço piorou significativamente.
Dificuldades no cancelamento dos planos da rival da Smart Fit
Com o fechamento abrupto, os clientes buscaram contato com os responsáveis para cancelar os planos, porém não tiveram êxito. Muitos realizaram pagamentos via cartão de crédito e agora enfrentam obstáculos para suspender as cobranças futuras.
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Os bancos frequentemente solicitam um comprovante de cancelamento, documento que a academia não forneceu, impedindo a interrupção das parcelas.
Pendências legais e administrativas
Investigações posteriores revelaram problemas administrativos graves da Company Fitness. Conforme apurado pela reportagem do Balanço Geral Florianópolis na época, o alvará de funcionamento da academia estava vencido desde junho de 2024.
Ademais, documentos obtidos pelos próprios alunos mostraram que a empresa enfrentava ordens de despejo devido à falta de pagamento do aluguel do imóvel onde operava.
Confronto e intervenção policial
Na quinta-feira, 9 de janeiro de 2025, um grupo de clientes organizou um protesto em frente à academia. Eles confrontaram o proprietário diretamente, buscando soluções para os contratos e reembolsos.
Um aluno, que preferiu não se identificar, relatou que o proprietário negou os cancelamentos e não apresentou propostas para resolver o impasse. Diante da tensão, o grupo acionou a polícia para mediar a situação.
O proprietário foi então conduzido à 5ª Delegacia de Polícia da Capital para prestar esclarecimentos. Um boletim de ocorrência foi registrado, e, segundo a reportagem, ele poderia ser investigado por estelionato.
O mesmo aluno comentou que a Polícia Militar percebeu contradições nas declarações do proprietário e sua relutância em efetuar os cancelamentos.
Ações legais e defesa do consumidor
Os alunos afetados decidiram buscar reparações legais. Planejavam acionar o Ministério Público e alguns pretendiam ingressar com ações individuais nos juizados especiais.
A coordenadora do Procon-SC, Michele Alves Rabelo, confirmou em janeiro de 2025 que o órgão havia recebido sete reclamações sobre o caso. Um processo administrativo foi instaurado para apurar as responsabilidades.
Rabelo explicou que as informações recebidas indicavam descumprimento contratual. A interrupção do serviço ocorreu sem justificativa ou devolução dos valores pagos pelos planos não usufruídos.
O Procon orientou que os consumidores com prejuízo financeiro buscassem a via judicial ou tentassem um acordo direto com a empresa, enquanto o órgão analisaria a infração às normas de consumo. Entre as questões levantadas pelos alunos, destacam-se:
- Interrupção abrupta do serviço contratado.
- Recusa em cancelar contratos e reembolsar valores.
- Condições precárias de higiene e manutenção.
- Operação com alvará de funcionamento vencido.
- Existência de ordens de despejo por inadimplência.
Como os alunos podem reaver seus investimentos?
A principal questão que permanece para os cerca de 400 alunos afetados é como recuperar o dinheiro investido nos planos da Company Fitness. As vias legais parecem ser o caminho mais provável, embora possam demandar tempo e esforço para resolver as dívidas.
Posicionamento da empresa
No final de janeiro de 2025, a situação da Company Fitness permanecia indefinida. Os alunos buscavam seus direitos através de órgãos de defesa do consumidor e da justiça, enquanto o proprietário enfrentava possíveis investigações criminais.
Tentativas de contato da imprensa com a academia, via WhatsApp e Instagram, não obtiveram resposta, embora o espaço para comunicação permanecesse aberto.
Considerações finais
Dessa forma, a Company Fitness tentava se posicionar como uma alternativa em Florianópolis. Todavia, competia diretamente com a forte presença de grandes redes estabelecidas, como a Smart Fit.
Consequentemente, a confiança de parte dos consumidores em academias de menor porte sofreu um natural abalo. Ademais, durante todo esse período de crise e incerteza, os responsáveis pela Company Fitness optaram pelo silêncio.