“Acho absolutamente normal ter conservadorismo”, conta diretor de “Verdades Secretas”
19/09/2015 às 17h16
Impossível não notar o grande sucesso que vem fazendo a atual novela das 23h da Globo. Investindo em temas polêmicos como prostituição e drogas, a novela conquistou certa aceitação do público. Mas o que diferenciaria “Verdades Secretas” de novelas como “Babilônia”, que abordaram tais temas e foram duramente criticadas?
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A resposta é simples. Tudo está relacionado para a forma como as histórias foram apresentadas. Não adianta apenas mostrar a prostituição, também se tem que destacar o “pecado”.
Um trabalho de humanização dos personagens foi bastante importante, como conta o diretor da novela Mauro Mendonça Filho ao blog Outro Canal, da Folha.
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“Humanizamos mais a Angel (Camila Queiroz). Passei a tratá-la não como uma garotinha inglesa que faz prostituição e não está nem aí. Passei a mostrar dor, culpa. Comecei a mesclar amoralidade com moralismo”, conta.
Sobre o público atual, Mauro destaca que não vê problema em um público conservador. Tudo fica bem mais equilibrado, segundo ele.
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“Sou da opinião que para ter uma boa esquerda tem que ter uma boa direita. Para a réplica tem que ter a tréplica.
Acho absolutamente normal ter conservadorismo, o público é esse aí mesmo.”
Para o diretor, o maior desafio da novela foi com o drama da elogiada personagem de Grazi Massafera.
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“Mostrar o vício da Larissa em crack, sim, foi difícil. Ela lá na cracolândia é uma identificação da gente, nós pequenos burgueses lá. Botei pilha para o Walcyr fazer uma cracolândia. E a ideia foi mostrar uma visão de compaixão. Há uma ideia de que viciado em droga é marginal. É uma doença.”
Autor(a):
Fernando Lopes
Apaixonado pelo mundo da televisão, Fernando Lopes escreve sobre o assunto no TV Foco desde 2013.