Fechamento de cinema gigantesco causou espanto
O fato é que o streaming acabou prejudicando o público do cinema, atrelado também à pandemia, muitas pessoas abandonaram essa forma de entretenimento. Sendo assim, o fim de uma era marcou SP, com o fechamento de rival do Cinemark.
Após 30 anos, o cinema gigante de SP deu adeus com direito a um comunicado de partir o coração de acordo com informações do portal G1.
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SAIBA MAIS! Descanse em paz: O fechamento de rede gigante, rival do Cinemark, em shopping após mais de 2 décadas
Isso porque aos poucos, uma das ruas mais culturais da capital paulista está dando lugar a empreendimentos imobiliários e isso incluiu um cinema alternativo que se instalou na Rua Augusta em 1995: a unidade do Espaço Itaú de Cinema conhecida como Anexo.
Antes, o Instituto Goethe já usufruía o casarão, da década de 1950, para exibição de filmes em 16mm do cinema novo alemão.
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O Anexo contava com duas salas de exibição. Apesar de muitas pessoas acharem pouco, ele tem a sua importância. O cineasta Ugo Giorgetti frisou sobre o marco histórico desse espaço.
“Os cinemas que você pode circular como de nível, não passam de 12 salas, 13 salas. Então, quando você perde duas salas, é uma perda muito grande”, disse.
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Os donos do novo empreendimento, um prédio residencial que foi construído no local apressaram o fechamento do cinema, que ocorreu em fevereiro de 2023.
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“É uma perda que não é uma perda individual, porque você viu ao longo do tempo, você presenciou, conviveu com ‘n’ artistas e pessoas que conviviam com a arte. O medo que bate não é um local, é que isso pode ser a expressão de outros locais se perderem. Quando você olha o tecido social de uma cidade, todo mundo admira Paris, mas não toma os cuidados que Paris toma para permanecer com seu modo de vida, para fazer do turismo o seu modo de vida”, declarou Adhemar Oliveira, que era gestor do cinema.
Depois de 30 anos no local, o espaço que abrigava pequenas salas de cinema para exibição de filmes de arte deu lugar a empreendimento imobiliário da incorporadora Vila 11.
Para encerrar as atividades, a curadoria do cinema decidiu exibir o filme A última Floresta, de Luiz Bolognesi, em 2 sessões gratuitas que marcaram o fim definitivo daquele espaço, que desde 1995 era o point cinematográfico mais amado da cena paulistana.
QUAL FOI O COMUNICADO DA EMPRESA?
Em comunicado enviado à imprensa na época, o Espaço Itaú de Cinema lamentou o fim das atividades no imóvel alugado em março de 1995 e lembrou que a chegada do cinema na Rua Augusta ajudou a revitalizar a região através da cultura.
“Adhemar Oliveira inaugurou o Espaço Augusta em outubro de 1993 – na época patrocinado pelo Banco Nacional. O cinema foi o primeiro a apostar na iniciativa de exibir cinematografias independentes do mundo todo, além de promover a formação de público através de cursos e projetos como o Escola no Cinema, Sessão Cinéfila e Clube do Professor”, iniciou o comunicado.
A empresa destaca, entretanto, que as salas do Espaço Itaú de Cinema em frente ao Anexo, que chegaram antes e também exibem filmes consagrados, “continua vivo do outro lado da rua, assim como as unidades Frei Caneca, Pompeia, Brasília e Rio de Janeiro”, pontuou.
“Prestes a completar 30 anos, além de seguir em plena operação, o Augusta vai incorporar a programação do Anexo, assim como estuda uma possível ampliação do ambiente do Café Fellini no número 1475”, concluiu a empresa rival da Cinemark.
QUANTOS CINEMAS A CINEMARK TEM NO BRASIL?
Líder mundial em venda de ingressos, a Rede Cinemark representa cerca de 30% do mercado brasileiro de cinema de acordo com informações do Tela Viva.
A empresa tem 626 salas de cinema em 86 complexos distribuídos por 48 cidades, em 15 estados e no Distrito Federal. É da Rede Cinemark a primeira sala de cinema em 3D da América do Sul.