Atualmente no ar como a vilã Laureta de Segundo Sol, Adriana Esteves deu uma entrevista reveladora para à revista Marie Claire. A atriz abriu o jogo e contou que sofreu assédio sexual no ambiente de trabalho na época que era modelo, falou abertamente sobre o assunto e demonstrou toda sua indignação.
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“Onde mais me aconteceu foi trabalhando como modelo, naquela fase que você não sabe se é menina ou mulher, que não está preparada psicologicamente para lidar com situações como essas. Havia fotógrafos abusadores que, enquanto estavam no domínio, luzes ligadas, te fotografando de biquíni, de lingerie, seguravam e tocavam em lugares do seu corpo que não eram para ser tocados”, disse ela.
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E prosseguiu: Um constrangimento horrível. E faziam isso de forma recorrente, com todas as modelos. Eu inventava que estava me sentindo mal, que precisava pegar meu roupão. Isso tem que acabar”. Adriana Esteves foi mais além e lembrou de sua infância e dos assédios que sofreu nesse período.
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“Quando era criança, morava no subúrbio do Rio de Janeiro [Méier], e brincava na rua. Alguns homens paravam o carro e ficavam chamando as meninas. Eu sabia que aquilo estava errado e saía correndo. Mas não tinha coragem de contar em casa e meus pais não sacavam que era perigoso, a situação se repetia”, começou ela.
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A atriz contou que se fosse hoje teria tomado algumas atitudes. “Passei anos tendo o pesadelo de correr de um carro, enquanto minha perna ia ficando fraca e não conseguia entrar em casa. Já mais velha, eu pegava três ônibus para chegar à Zona Sul, onde estudava. Dependendo do bairro, colocava um camisetão, amarrava o casaco na cintura. Andava na rua escondendo minha feminilidade. Como era cansativo! Hoje, eu gritaria, contaria para todo mundo e denunciaria”, disse.
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Adriana Esteves, vale dizer, está no elenco da série Assédio, ainda sem data de estrear. “A minha personagem é uma professora muito bem casada, e com os abusos terríveis que sofre de um médico, desenvolve um problema psicológico grave e o casamento acaba. Ela para de dar aula e vai para uma clínica psiquiátrica. As vítimas desse médico se unem para denunciá-lo e colocá-lo na cadeia”, falou.