A Record vem sendo muito processada nos últimos anos. E, quase sempre, perde os processos contra seus ex-funcionários. Muitos deles têm uma pessoa em comum por trás de suas ações contra o canal: o advogado Ricardo Brajterman.
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Ele também é conhecido, nos interiores da Record, como o “carrasco” da emissora, pois sabe muito bem os seus “podres” e suas práticas ilegais.
Em entrevista, o advogado afirmou: “Há imposição da empresa para que o profissional seja pessoa jurídica. Em vez de receber 13º salário, aviso prévio, férias, FGTS e todos os encargos, ele recebe só o salário seco. Se não abre uma empresa para receber, não trabalha lá”.
Sua última vitória na Justiça contra o canal dos bispos foi a favor do ex-diretor de imagens Márcio Salim, que ganhou uma indenização de R$ 2,5 milhões pelos direitos trabalhistas que não recebeu enquanto foi contratado do canal.
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Para pagar esse prejuízo, a emissora de Edir Macedo teve que vender um imóvel avaliado em R$ 8 milhões. Isso apenas nesse processo. Vale dizer que o advogado coordena atualmente quase cem processos contra a Record, de artistas, autores, jornalistas, técnicos e executivos. Ou seja: haja dízimo para cobrir tantas despesas “extras”.
Sobre a terceirização dos artistas como Pessoa Jurídica, Ricardo afirma que é uma prática ilegal: “Mas você não pode terceirizar o trabalho de um artista. Não pode um dia estar o Tony Ramos [numa novela] e, no outro, o Francisco Cuoco. Eles têm carga horária, subordinação, assiduidade, frequência e todos os outros requisitos que configuram vínculo empregatício, não se pode chamar de prestador de serviços”.
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E concluiu, sobre as recorrentes derrotas da Record: “A Justiça tem entendido que realmente são empregados e têm que receber direitos”.
Nos últimos anos, atores como Cecil Thiré e Iris Bruzzi também derrotaram o canal da Barra Funda na lei: Thiré ganhou ação trabalhista com indenização estipulada em R$ 1,2 milhão. Já a atriz teve sua vitória em segunda instância confirmada em novembro do ano passado; a indenização foi estimada em R$ 1,5 milhão, de acordo com a jornalista Fernanda Lopes.
O advogado ainda revelou o que faz com que esses valores sejam tão altos: “O que aumenta a indenização, que dá esses valores elevadíssimos, são as multas pela empresa não ter recolhido os encargos trabalhistas, as horas extras”.
Ricardo, no entanto, comentou que outros canais seguem o mesmo “esquema” ilegal da Record: “A imprensa toda, Globo, Band, adota os mesmos vícios da Record, de tratar como PJ (Pessoa Jurídica). Tem muitos [atores nessa situação] na Globo também, mas acho que têm receio de processar a líder do mercado”.
Ele ainda revelou que conhece tantos artistas porque foi ator por muitos anos: “Fiz grandes amigos nesse período [do teatro] que se tornaram profissionais do ramo. Quando passaram a ter problemas, recorreram a mim, sou especialista em direito civil. Isso aí vai criando um nicho de clientela, são muitos anos na área”.
Informações do Notícias da TV.