Aguinaldo Silva se reúne com colaboradores da sua nova novela em Portugal

Aguinaldo Silva ao lado dos colaboradores da sua nova novela. (Foto: Reprodução/Instagram)

Conforme já informamos, Aguinaldo Silva correu, mas finalmente conseguiu entregar à Globo esta semana a sinopse da sua nova novela, Enquanto o Lobo Não Vem (título provisório). O autor foi surpreendido por um de seus ex-alunos de um curso de roteiro, que ameaçava processar a Globo caso a emissora produzisse O Sétimo Guardião, primeiro projeto apresentado por Aguinaldo.

Para não correr riscos, o canal decidiu engavetar a trama e encomendar uma nova ao autor. Nas últimas semanas, Aguinaldo vinha trabalhando dobrado para finalizar o novo projeto, que por precaução, já vinha sendo idealizado há meses.

Após entregar a sinopse à emissora, o autor se reuniu pela primeira vez com os possíveis colaboradores da trama. Através das redes sociais, Aguinaldo publicou uma foto onde aparece ao lado dos roteiristas Rui Vilhena, Maurício Gyboski e da portuguesa Joana Jorge (autora do folhetim angolano Windeck) no seu restaurante, em Lisboa, Portugal. Os dois primeiros, que recentemente tiveram projetos de folhetins rejeitados pela Globo, são presença quase garantida na equipe da nova trama de Aguinaldo. Joana, por sua vez, já havia despertado interesse da emissora carioca em outra ocasião, mas ainda não há uma confirmação sobre seu trabalho como nova colaboradora de Aguinaldo.

+ Globo anuncia demissão de Luciano Huck, caso ele queira se candidatar a Presidente

Vale lembrar que, após o fracasso histórico de Babilônia (2015), que tinha uma equipe criativa inchada, a Globo decidiu reduzir drasticamente o número de colaboradores por folhetim. Se antes era comum uma produção contar com até dez profissionais desse gênero, a nova ordem da Globo prevê a participação de no máximo quatro.

A decisão não agradou muito Aguinaldo, que chegou a se manifestar através do seu blog, no final do ano passado. O autor explicou que as séries americanas, por exemplo, são produzidas com uma equipe criativa ainda maior. “As séries americanas, escritas por dezenas de colaboradores liderados por um showrunner (intitulação que geralmente descrevem os criadores e ‘manda-chuvas’ da atração), são de uma organicidade, de uma unidade ímpar”, escreveu. Aguinaldo ainda argumentou que os colaboradores são importantes para alertá-lo sobre possíveis erros na trama: “A equipe me mantém alerta e impede possíveis cochilos meus — dos que tanto se vê em novelas de apenas um escritor”.

Por fim, o autor disse respeitar a decisão da Globo, e que poderá se adaptar ao novo esquema, caso for solicitado, mas ressaltou, em certo tom de ironia, que o antigo esquema vinha dando resultado em suas novelas: “Tudo é uma questão de método de trabalho. O método dos showrunners das grandes séries americanas é parecido com aquele que utilizo há anos. E parece que com algum sucesso, já que rendeu dois Emmys”.