Bolsonaro voltou a se pronunciar sobre as manifestações antidemocráticas.
No início da noite desta quarta-feira (02), através de uma live em suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ordenou que bolsonaristas parem de paralisar rodovias.
“Brasileiros que estão protestando por todo o Brasil, eu sei que vocês estão chateados, estão tristes, esperavam outra coisa, eu também. Estou tão chateado e tão triste quanto você. Mas temos que esfriar a cabeça”, iniciou o chefe do executivo.
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“Os protestos, as manifestações são sempre bem-vindas, fazem parte do processo democrático e ao longo dos anos, muito disso foi feito pelo Brasil. Na Esplanada, Copacabana, Paulista, e tantos e tantos lugares. Mas tem algo que não é legal. O fechamento de rodovias por todo o Brasil, prejudicam o direito de ir e vir das pessoas. Está lá em nossa Constituição. E nós sempre estivemos dentro dessas quatro linhas”, pontuou Bolsonaro.
“Tem que respeitar o direito de outras pessoas que estão se movimentando, além do prejuízo a nossa economia. Eu sei que a economia tem a sua importância, você talvez está dando mais importância a outras coisas agora. É legítimo! Quero fazer um apelo a vocês. Desobstrua as rodovias, isso daí não faz parte no meu entender das manifestações legítimas. Não vamos perder a nossa legitimidade”, pediu o político.
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Bolsonaro continuou com o discurso de que vai seguir a democracia, mas ao mesmo tempo aprova que os seus apoiadores continuem se manifestando contra o resultado das urnas, mas de forma pacífica.
“Outras manifestações que estão fazendo no país, em praças, fazem parte do jogo democrático. Fiquem a vontade e deixo claro que vocês estão se manifestando espontaneamente. O prejuízo todo mundo está tendo com essas rodovias fechadas. O apelo que eu faço a vocês é que protestem em outros lugares, de outras as formas. Por favor não pensem mal de mim, eu quero o bem de vocês”, finalizou Bolsonaro.
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ENTENDA
Os quartéis das Forças Armadas em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília registram manifestações, nesta quarta-feira (2) contra o resultado das eleições. Os atos antidemocráticos são uma resposta ao resultado das urnas do último domingo (30), que elegeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um novo mandato na Presidência da República a partir de 2023.
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Em sua primeira manifestação na última terça-feira (01), após o segundo turno das eleições, o presidente agradeceu os 58 milhões de votos que recebeu e disse que as manifestações de caminhoneiros pelo país são “fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral”.
Em um discurso de dois minutos, Bolsonaro não mencionou à vitória de Lula. O pronunciamento do presidente era aguardado desde o resultado das eleições, divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por volta das 19h50 do domingo (30).
Os caminhoneiros iniciaram uma manifestação desde segunda-feira (31), após a vitória de Lula. Bolsonaristas fecharam vias em todo o país. A decisão de Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Rodoviária Federal e polícias militares dos estados tomassem medidas para desobstrução de vias.
