Em ‘Além do Tempo’, a nova novela das seis que estreia nesta segunda-feira (13), a autora Elizabeth Jhin nos leva ao século XIX para acompanhar a saga de Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso). Eles não sabem, mas nasceram um para o outro e há muitas passagens por aqui vêm tentando viver juntos o verdadeiro sentido da felicidade, de amar e de ser amado. E se fosse possível termos outra chance? Uma nova oportunidade para fazer diferente e corrigir os erros do passado? Será mesmo que cada um colhe o que planta e nada acontece por acaso? Esses são alguns questionamentos que a trama vai suscitar por trás desta forte paixão.
Em seu início, o folhetim irá trazer uma história de amor marcada por uma tragédia e morte misteriosa. Emília (Ana Beatriz Nogueira) continua a sofrer calada. Ninguém sabe de sua história e do motivo de estar tão incomodada com o retorno da Condessa Vitória (Irene Ravache) à cidade, nem mesmo Gema (Louise Cardoso), sua melhor amiga. Emília sempre fez questão de esconder o que passou anos, pois foi tudo muito doloroso e pesado para ela. Os ressentimentos daquela época a tornaram uma mulher amarga e fria, bem diferente do que foi na juventude.
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No passado, Emília (Gabriella Di Grecco/Ana Beatriz Nogueira) trabalhava e vivia com um grupo de saltimbancos que ia de cidade em cidade apresentando espetáculos mambembes. Ela era uma jovem linda, envolvente, e fazia o papel da mocinha disputada. Sempre sorridente, usava um codinome bem apropriado: ‘Allegra’. Em uma apresentação, ela se deparou com o grande amor de sua vida. Bernardo (Bernardo Marinho/Felipe Camargo), filho único da Condessa Vitória (Irene Ravache), que estava na plateia e ficou encantado com a beleza de ‘Allegra’. Os dois se apaixonaram, mas sabiam que enfrentariam a resistência da família tradicional do rapaz, ligada à nobreza italiana.
Como era de se esperar, a Condessa Vitória ficou furiosa quando Bernardo levou Emília ao casarão. Ele tinha a esperança que a docilidade e a beleza da moça comovessem Vitória, mas estava equivocado. Emília foi humilhada, mas Bernardo se manteve firme ao lado da amada. Ele saiu de casa com a roupa do corpo e foi morar com ‘Allegra’ em um casebre próximo a Porto Alegre. Mesmo sem dinheiro e lutando com dificuldades para sobreviver, o casal viveu um romance apaixonado. Até que a tragédia aconteceu.
A raiva e o desprezo pela relação do filho eram tão intensos que a Condessa Vitória decidiu armar uma arapuca para matar Emília. Com a ajuda do capataz Bento (Felipe Fagundes/Luiz Carlos Vasconcelos), a Condessa mandou uma carta para a jovem, dizendo que estava disposta a aceitá-la. Mas antes precisavam conversar a sós, sem a presença de Bernardo. Vitória sabia que o filho estaria ausente por alguns dias em busca de emprego e seu plano era que um acidente terrível “acontecesse” com a carruagem no caminho, sem deixar sobreviventes.
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Apesar de ter sido muito maltratada pela Condessa, Emília acreditou no conteúdo da carta e resolveu ir ao encontro. Afinal, ela queria viver aquele amor de forma plena. Mas Bernardo ficou sabendo do bilhete e decidiu ir no lugar da amada. Ele tinha esperança de abrandar o coração da mãe ao contar que ela seria avó em breve.
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O plano de Vitória tinha tudo para dar certo, se não fosse a ida de Bernardo no lugar de Emília. Certo de que seu alvo estava dentro da carruagem, Bento provocou um acidente na estrada e Bernardo, para o choque e tristeza de todos, foi dado como morto. Mas na verdade, Felipe está vivo, mas sem memória. A falsa morte foi planejada por Vitória, que após o trágico acidente arquitetado por ela mesmo, mandou o filho para um hospital, onde ele será mantido na ala psiquiátrica.
Grávida de quatro meses, Emília se exasperou, gritou de horror quando soube do acidente, mas não permitiram sequer que ela se aproximasse do casarão. Quando tentou ter notícias do marido, foi tratada de forma cruel por Bento. A verdade sobre a morte de Bernardo sempre foi uma incógnita para Emília. Com uma mão na frente e outra atrás, ela não teve outra saída senão seguir com a vida em outra cidade enquanto aguardava o nascimento da filha.
Quando soube que a Condessa não morava mais em Campobello, Emília resolveu alugar uma taberna humilde na região. O intuito era ficar perto do túmulo do seu grande amor, aquele que ela nunca esqueceu e com quem viveu os melhores momentos da vida.
Durante todos os anos, Emília (Ana Beatriz Nogueira) manteve o passado em segredo. O romance acontecera em outra cidade e as pessoas em Campobello não sabiam da história. Quando Lívia (Alinne Moraes) perguntava sobre o pai, a mãe apenas dizia que era um homem simples e a melhor pessoa que podia ter conhecido. O sofrimento era tanto ao falar sobre isso que a filha, depois de certo tempo, já não insistia para saber mais. ‘Allegra’ – ou Emília – nunca mais tirou o luto e se tornou uma pessoa triste e rancorosa. Já a Condessa Vitória (Irene Ravache), que deixou Campobello algum tempo depois da morte de Bernardo (Bernardo Marinho/Felipe Camargo), nunca mais deu notícias. Para cuidar do casarão em que vivia na cidade, ela contratou Massimo (Luis Melo), um administrador de confiança.
Com tudo o que aconteceu, a volta da Condessa Vitória a Campobello representa um verdadeiro fantasma na vida de Emília. Perguntas como ‘qual será o real motivo da volta da Condessa a Campobello?’ e os receios de uma possível vingança rondam a mente dela todo o tempo. Mas o que Emília não imagina é que, junto com a Condessa e todos os ressentimentos do passado, vem também Felipe (Rafael Cardoso), sobrinho-neto de Vitória e por quem Lívia (Alinne Moraes) se apaixonará perdidamente.
Uma paixão ‘impossível’
Emília (Ana Beatriz Nogueira) está determinada – mais do que nunca – a manter Lívia (Alinne Moraes) distante da Condessa Vitória (Irene Ravache) e de sua família. Apesar de a jovem usar os melhores argumentos para não se tornar noviça, como o sonho de viver um grande amor e ter filhos, Emília é irredutível e exige que ela volte para o convento o quanto antes.
Sem saída, Lívia arruma as malas e segue para o convento no dia combinado, apesar da saúde da mãe ainda não estar reestabelecida. Emília chama um cocheiro de confiança para levar a filha, mas ele tem um problema de última hora e Ariel (Michel Melamed) vai em seu lugar. Ariel é uma pessoa do bem, uma espécie de “anjo na terra” que está sempre presente na hora e no lugar certo. E é exatamente no caminho, após um pequeno incidente com seu coche, que Lívia e Felipe (Rafael Cardoso) se encontram. O rapaz está chegando a Campobello a cavalo, acompanhando o coche que leva a Condessa Vitória. Eles se olham encantados e acontece ali um encontro de almas que estão se buscando há muito tempo. É o começo de uma linda história de amor.
O conde Felipe vai para Campobello no intuito de ajudar a Condessa com os negócios da família. O rapaz nasceu em “berço de ouro”, recebeu a melhor educação possível e é tratado pela tia-avó Vitória como um verdadeiro príncipe. Viúvo e pai de Alex (Kadu Schons), ele está prestes a se casar com Melissa (Paolla Oliveira), uma jovem lindíssima que chega à cidade com a mãe, Dorotéia (Julia Lemmertz), alguns dias depois. No passado, Dorotéia foi casada com um homem nobre e muito rico. Ele perdeu tudo, mas a família conserva a pompa e a pose da época de riqueza.
O encontro entre Lívia e Felipe na estrada muda completamente o rumo de suas vidas. Eles se encantam cada vez mais um pelo outro, mas terão que enfrentar diversos obstáculos para ficar juntos: o noivado dele, o noviciado dela, a diferença social, as divergências entre as famílias e muitos outros acasos do destino.