Apreensão de medicamentos liga sinal de alerta na Anvisa
No dia 20 de março, mais 60 remédios populares foram apreendidas no Aeroporto de Salvador, na Bahia. O episódio levantou um alerta na Anvisa, reforçando a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa sobre a comercialização do produto.
O remédio em questão é o Mounjaro, medicamento injetável cujo princípio ativo é a tirzepatida.
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De acordo com a Receita Federal, os medicamentos estavam sob posse de um passageiro brasileiro de 29 anos.
O homem embarcou em um voo partindo de Londres, na Inglaterra, com destino final em Goiânia, Goiás.
Apreensões
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Essa é a segunda apreensão significativa de Mounjaro no Aeroporto de Salvador em um intervalo de apenas 10 dias.
No dia 10 de março, as autoridades flagraram um passageiro transportando 100 canetas do medicamento escondidas sob suas roupas.
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A Receita Federal identificou a tentativa de contrabando após a bagagem do indivíduo passar pelo scanner de segurança.
Além disso, no dia 20 de março, agentes apreenderam canetas de Mounjaro e Ozempic em uma clínica particular em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia.
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Anteriormente, no dia 10 de fevereiro, a Receita Federal interceptou 681 embalagens vazias do mesmo medicamento, fabricadas no Reino Unido, também no Aeroporto de Salvador.
Medida da Anvisa
A Anvisa aprovou o uso do Mounjaro em setembro de 2023 exclusivamente para o tratamento de diabetes tipo 2, mas ainda não comercializava o medicamento no país.
Embora tenha liberado o Mounjaro para o tratamento do diabetes tipo 2, a Anvisa restringe sua comercialização no Brasil, de acordo com apurações do TV Foco e informações do G1.
Apenas farmácias podem vender o medicamento, e os compradores só podem adquiri-lo mediante apresentação de receita médica.
Além disso, apenas pessoas físicas podem importar o medicamento, desde que apresentem prescrição médica.
Emagrecimento
A substância também age em hormônios relacionados à digestão e saciedade, levando muitas pessoas a utilizá-lo para a perda de peso.
Porém, até o momento desta publicação, a Anvisa não liberou o medicamento para o tratamento da obesidade.
Alerta
Diante das constantes apreensões e do aumento da demanda por Mounjaro para fins estéticos, a Anvisa, em conjunto com a Vigilância Sanitária e a Receita Federal, podem intensificar as medidas de fiscalização.
O governo busca garantir que apenas estabelecimentos autorizados comercializem o medicamento e que ele seja destinado exclusivamente ao tratamento do diabetes tipo 2.
Quanto vai custar o remédio?
Por fim, o Mounjaro estará disponível nas farmácias brasileiras a partir de junho, de acordo com informações do G1.
O remédio estará disponível nas seguintes concentrações: 2,5 mg/0,5 mL; 5 mg/0,5 mL; 7,5 mg/0,5 mL; 10 mg/0,5 mL; 12,5 mg/0,5 mL e 15 mg/0,5 mL.
Os preços do medicamento variam entre R$ 970,07 e R$ 3.836,61, dependendo da dose e da alíquota do ICMS estadual, de acordo com informações da Folha de S. Paulo.
Além disso, os valores são regulados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Considerações finais
Em resumo, a Receita Federal apreendeu mais de 60 unidades de Mounjaro no Aeroporto de Salvador, reforçando a necessidade de maior fiscalização.
As autoridades autorizam o medicamento apenas para o tratamento de diabetes tipo 2 e proíbem sua comercialização sem receita ou para outras finalidades no Brasil.
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