A cantora Aline Barros se revoltou com as acusações que estão partindo da sua ex-vocalista, Rejane Silva Magalhães, que a processa pela ausência de direitos trabalhistas ao longo de dez anos de serviços prestados para a sua empresa.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em nota enviada ao G1, no entanto, Aline desmentiu sua ex-funcionária e disse que a vida pessoal da sua equipe não lhe diz respeito. Além disso, ela ressaltou que não havia vínculos empregatícios com a pessoa em questão, já que o trabalho era remunerado com base nos shows que fazia.
A seguir, você confere na íntegra o comunicado:
“Após tomar conhecimento do teor da matéria veiculada pelo site G1 no dia de ontem, sinto-me na obrigação de vir a público para refutar as alegações ali expostas. E o faço não somente em respeito ao meu público, mas, em especial, em respeito a todos aqueles que conhecem meu trabalho, minha índole, minha postura e minha fé.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Foi com enorme surpresa e decepção que, meses atrás, tomei conhecimento da existência da reclamação trabalhista movida pela Sra. Rejane Magalhaes que, efetivamente, prestou serviços eventuais de backing vocal em minhas apresentações no decorrer de alguns anos.
Nesse ponto cabe um primeiro esclarecimento: na ação, a Sra. Rejane alega lhe serem devidas férias, décimo terceiro salário e outras verbas mais, em razão de nunca ter tido sua carteira de trabalho assinada. Contudo, a afirmação não corresponde aos fatos, uma vez que NUNCA houve rela ao de emprego entre aquela profissional e minha empresa.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
● Dois sertanejos ‘héteros’ se envolvem em romance gay e mulheres descobrem traição: “com mais homens na cama”
● Chitãozinho vê filho se envolver em escândalo com ex-mulher, após herdeiro deixar neta passar necessidade
● Após polêmicas, Porta dos Fundos peita os cristãos e vai produzir novo especial de Natal
A Sra. Rejane efetivamente atuou como backing vocal em minhas apresentações, mas sua atuação se dava unicamente quando sua agenda profissional era compatível com a minha e quando ela assim o desejasse, tendo ocorrido inúmeros apresentações sem sua presença, cabendo dizer, ainda, que durante todo esse período, a mesma atuava como backing vocal de outros artistas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ainda mais fantasiosa é a alegação de que nossa relação tenha se encerrado em razão de minha equipe ter tomado conhecimento da orientação sexual da Sra Rejane.
A escolha e contratação dos profissionais que atuam em nossas apresentações, seja aqueles que efetivamente compõe nossa equipe e possuem rela ao empregatícia conosco, seja aqueles que nos prestam serviços eventuais (caso da Sra. Rejane) se dá unicamente com base em sua capacidade e atuação profissional, não nos dizendo respeito os detalhes de suas vidas particulares, desde que tais detalhes não influenciem no objetivo geral dos eventos.
Aqueles que conhecem minha trajetória sabem da lisura e respeito com que trato os profissionais que comigo atuam, até mesmo porque, sem eles, nunca chegaria onde cheguei e a todos eles sou grata. Ademais, minha crença cristã jamais me permitiria agir de forma ilegal, desleal e/ou preconceituosa com quem quer que fosse, sendo absolutamente absurdas as alegações trazidas na ação judicial e novamente reproduzidas na matéria do G1 datada do dia 30/08/2018.
Por todos esses motivos, renovo aqui minha indignação contra os argumentos fantasiosos, maldosos e irresponsáveis que são apresentados naquela ação judicial, sendo certo que todos os pontos aqui mencionados serão alvo de provas e esclarecimentos que serão oportunamente apresentados em juízo, havendo, de minha parte, a mais plena convicção de que a JUSTIÇA e a VERDADE prevalecerão”.
ENTENDA O CASO
A cantora Aline Barros foi alvo de controvérsias ao longo dos últimos anos, desde que passou a admitir, em entrevistas, ser contra a prática homossexual. Agora, a artista gospel passa a se envolver em uma polêmica que não envolve apenas os seus conceitos religiosos, mas a intolerância e a discriminação contra Rejane Silva Magalhães.
+ Alexandre Frota fala o que quer e terá que pagar caro na Justiça; saiba o valor
A cantora, que era uma das suas mais antigas assistentes e que trabalhava como backing vocal em todos os seus shows pelo país, alega que passou a ser discriminada desde que a sua orientação sexual começou a ser motivo de rumores nos bastidores.
Representante de Rejane e de outros cinco membros da banda, o advogado Giovanni Ítalo de Oliveira, afirmou ao TV Foco que Aline Barros chegou a confrontar a sua funcionária, questionando-a sobre os boatos envolvendo a sua sexualidade, mas ela negou, por não ser assumida e por também ser evangélica.
“Foi lhe questionado pela cantora se de fato isso procedia e se de fato ela era gay, o que acabou sendo negado. A partir daí, não sei se por investigação ou por algum outro tipo de procedimento, já não havia mais dúvidas em relação a isso, e ela [Rejane] passou a ser assediada moralmente”.
+ Atriz bate o pé e se recusa interpretar personagens “rasas” na Globo
“[Rejane Silva] era tratada com indiferença, era discriminada, não era convocada para a totalidade dos shows, e teve uma redução de ganho e recebimento. Muitas viagens que faziam de avião, foi lhe determinado que fizesse de ônibus”.
Ele afirma que tais atitudes aconteceram ao longo dos cinco últimos meses de trabalho de Rejane, que se submeteu à todas essas atitudes, antes de ser dispensada: “Ela acabou sendo demitida e não foi reconhecido nenhum vínculo de emprego, não foi paga nenhuma verba trabalhista para ela. Daí a questão da ação”.
+ Adriane Galisteu relata rejeição de outras emissoras e volta por cima na Globo
Segundo Giovanni, Rejane não recebeu os direitos trabalhistas ao longo de todo o período de trabalho, desde 2005, e agora, o caso corre na 4ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, onde Aline Barros é processada por não reconhecer direitos básicos como fundo de garantia, 13º salário e férias.