Antônio Fagundes diz o que Globo preferia fazer com ele e confessa: “Ganhavam muito mais comigo”

Ator fala qual o motivo da preferência de emissora por colocar ele em novelas

O ator Antônio Fagundes foi o convidado do podcast “Flow” nesta semana. Durante a conversa com Igor Rodrigues e Lucas Salles, o veterano falou sobre os trabalhos que fez na Globo, ao longo dos mais de 40 anos que teve contrato com a emissora carioca.

Protagonista da famosa série “Carga Pesada”, na qual atuava junto com Stênio Garcia, o ator revelou como foi para ele voltar a interpretar seu personagem ‘Pedro’ depois de 25 anos. “Eu lutei durante anos para voltar com “Carga Pesada”. Porque o “Carga Pesada” saiu do ar à minha revelia. Eu não gostaria que tivesse saído”, iniciou Antônio Fagundes.

Segundo o ator, a emissora tirou a série do ar porque preferia que ele atuasse em novelas, pois era mais vantajoso em termos financeiros. “A política da Globo na época era que não valia a pena para eles me manterem numa série se eles podiam me botar como protagonista de novela. Tinha razão, inclusive, porque ganhavam muito mais comigo do que se eu fizesse só a série”, confessou o veterano.

A série, que contava a história dos dois caminhoneiros Pedro e Bino, fez sucesso na década de 1980 e voltou ao ar na Globo nos anos 2000. Para Fagundes, a volta foi especial. “Voltar dessa forma, como nós voltamos, os dois personagens feitos pelos mesmos atores, foi incrível. A gente pôde usar como flasback cenas nossas mesmo de 25 anos atrás”, contou.

O ator ainda lembrou que na segunda vez a série ficou no ar por mais tempo. “A segunda temporada ficou 5 anos em cartaz. A primeira ficou só 2”, disse Antônio Fagundes.

SABE PILOTAR

Curioso, Lucas Salles quis saber se para viver o personagem o ator precisou aprender pilotar caminhão. “Eu tenho carteira profissional. Porque a gente tinha que saber. A gente dirigia na estrada, as gravações eram na estrada. E depois, na segunda temporada, ele mexeram nisso e fizeram uma cabine em cima de uma carroceira de um caminhão. Então, a gente só fingia que dirigia”, revelou Antônio Fagundes.