COMO ASSIM?!
Anúncio de Simone Tebet com novo decreto do Banco Central confirma o que acontecerá com as poupanças no país
25/07/2024 às 12h10
Simone Tebet, Ministra do Planejamento, expôs em anúncio sobre um novo decreto do Banco Central e quem tem poupança precisa saber o que deve acontecer com os valores aplicados agora
Se você ainda tem costume de fazer aplicações nas poupanças, independente do banco escolhido, precisa se atentar a um novo decreto emitido pelo Banco Central, cujo qual virou pauta em um anúncio feito ainda em abril de 2024, por Simone Tebet
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Como muitos aqui já sabem, COPOM do BC, cravou em julho a decisão de manter a Taxa Selic com a redução de 0,25 ponto percentual, passando de 10,75% para 10,50% ao ano. Por mais que isso seja bom para quem depende de linhas de crédito, para quem investe na poupança isso é uma verdadeira bomba.
Mesmo porque, esse tipo de corte causa um grande impacto nos investimentos de renda fixa e no rendimento em aplicações como poupança, CDB e Tesouro Selic, uma vez que elas usam a Seliccomo principal base.
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Ou seja, assim como a matemática é exata, com esses cortes nos juros é inevitável que tais investimentos em renda fixa passem a render menos. Dentre elas estão o Tesouro Selic, título público federal que acompanha a taxa básica de juros.
Da mesma forma, aplicações que seguem a remuneração do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) também rendem menos.
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Para quem não sabe, o CDI é a taxa cobrada em operações entre bancos, e normalmente segue a Selic. Dentre essas aplicações estão os CDBs e os fundos DI.
Opinião de Tebet …
A grande questão é que o assunto divide opiniões, pois ao mesmo tempo que no ponto de vista de investimento a queda da selic é péssima, para o poder de compra essa notícia não é das piores.
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Inclusive, ainda quando a taxa de juros estava em 10,75%, no dia 30 de março de 2024, a ministra chegou a afirmar em entrevista concedida ao CNN, que o Banco Central poderia abaixar ainda mais:
“À medida que a inflação está menor do que estava no passado, é óbvio que dá, sob pena de continuarmos tendo os maiores juros reais do mundo”
Segundo ela, o governo provou o compromisso com a sustentabilidade das contas públicas e com a segurança jurídica, o que daria lastro às futuras decisões do BC:
“Não pode ser o piso. O que mudou? Só pode ser o piso se, a partir do segundo semestre, dermos [a equipe econômica] outros sinais que nós não estamos dando. O BC não está analisando só os preços de alimentos e a inflação. O BC está de olho também na política fiscal do governo”
Já no dia 16 de abril de 2024, quando a taxa já havia diminuído para nossos atuais 10,50%, a ministra reforçou a sua posição a favor da autonomia do Banco Central, em entrevista ao GloboNews
E ainda argumentou que a autarquia deve manter a redução de juros no país mesmo com a mudança na meta fiscal de 2025: “Sou a favor da autonomia do Banco Central, votaria de novo a favor da autonomia do Banco Central. Acho fundamental, foi um grande avanço. Mas acho que os juros demoraram a começar a cair – Iniciou ela que continuou:
Eu não estou dizendo que os juros tinham que cair mais que 0,5% a cada reunião do Copom. É uma decisão interna”
Recentemente, a sua pasta apresentou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) com mudança da meta fiscal para o próximo ano.
Para a ministra, as regras do arcabouço fiscal que limitam as despesas às receitas do ano anterior são as principais responsáveis por manter as contas públicas sob controle. Logo, o governo não pretende quebrar essas regras.
Porém, como mencionamos, se as taxas continuarem a cair, os valores contidos nas poupanças seguirão rendendo cada vez menos, o que pode piorar ainda mais a debandada sofrida pela modalidade que vem ocorrendo desde 2021, como podem ver através desse link*.
Opções mais rentáveis
Obviamente que em meio a essas debandadas, esses mesmos “desertores” da poupança estão encontrando alternativas mais rentáveis diante dessa queda nos juros da selic como:
- LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio);
- CDBs (Certificado de Depósito Bancário);
- LCIs (Letra de Crédito Imobiliário).
- Os 16% maiores sacadores aportaram o equivalente a 52% do valor que sacaram, cerca de R$ 116 bilhões, em outros ativos financeiros.
- Já os LCAs receberam R$ 34 bilhões, o ingresso em CDBs/Recibo de Depósito Bancário (RDBs) foi de cerca de R$ 37 bilhões e em LCIs de quase R$ 17 bilhões.
Segundo levantamentos do próprio BC, houve mudanças consideráveis na composição da carteira de ativos dos maiores sacadores.
A participação da poupança caiu de 57% em 2021 para 28% em 2022. Já a fatia de fundos cresceu de 24% para 30% e de CDBS, de 10% para 18%.
O crescimento da participação de LCAs foi de 3% para 10 % e a fatia de LCIs duplicou de 3% para 6%.
A análise ainda mostra que o aumento de desembolsos e eventuais investimentos reais ou aplicações em ativos financeiros não observados, como ações e títulos públicos do Tesouro, explicam de forma secundária a forte redução do saldo da poupança em 2022.
Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Ailton Aquino, o estudo foi um trabalho de fôlego, mas que ainda merece maior aprofundamento.
Aquino afirmou que a fuga da poupança para aplicações mais rentáveis é uma realidade que deve se acentuar com o aumento da competição no sistema financeiro.
Quanto rende um CDB com a nova taxa de juros?
Um CDB com retorno de 100% do CDI rende em torno de 10,40% ao ano, considerando a atual Selic a 10,50% ao ano.
MAS ATENÇÃO! Dos rendimentos deve ser deduzido o Imposto de Renda, que é de 17,5% para uma aplicação que fica durante 365 dias (porque a alíquota do IR vai diminuindo quanto mais tempo o dinheiro fica aplicado).
Segundo o portal Remessa Online, na tabela o rendimento do investimento após um ano de aplicação no CDB, considerando a taxa mensal de junho de 2024, 0,83%, os valores ficariam assim:
(ATENÇÃO! ESSES DADOS SÃO APENAS PROJEÇÕES BASEADOS EM TAXA DE JUROS ENTRE OUTROS FATORES QUE PODEM MUDAR FREQUENTEMENTE)
Autor(a):
Lennita Lee
Meu nome é Lennita Lee, tenho 34 anos, nasci e cresci em São Paulo. Viajei Brasil afora e voltei para essa cidade para recomeçar a minha vida.Sou formada em moda pela instituição "Anhembi Morumbi" e sempre gostei de escrever.Minha maior paixão sempre foi dramaturgia e os bastidores das principais emissoras brasileiras. Também sou viciada em grandes produções latino americanas e mundiais. A arte é o que me move ...Atualmente escrevo notícias sobre os últimos acontecimentos do cenário econômico, bem como novidades sobre os principais benefícios e programas sociais.