Ministério da Agricultura em conjunto com a ANVISA fizeram uma descoberta fatal em 12 marcas de azeites populares e decretou a retirada nos principais mercados e atacadistas do país
No último dia 22 de outubro, o Ministério da Agricultura e Pecuária em ação com a ANVISA divulgou uma nova lista, contendo cerca de 12 marcas de azeite populares que tiveram lotes reprovados para o consumo, após apresentarem riscos fatais à população, decretando a retirada dos mesmos nos principais supermercados e atacadistas como Carrefour, Assaí e +
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Marcas na mira:
A partir de informações contidas no portal G1, a equipe especializada em produtos e serviços do TV Foco, descobriu que entre a lista das marcas com restrições se incluiu:
- Almazara;
- Alonso;
- Don Alejandro;
- Escarpas das Oliveiras;
- Garcia Torres;
- Grego Santorini;
- La Ventosa;
- Olivas Deltango;
- Olivas Real;
- Quinta Deaveiro;
- Quintas D’Oliveira;
- Vicenzo;
De acordo com o Ministério, as análises realizadas pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária identificaram a presença de outros óleos vegetais misturados aos azeites, comprometendo a autenticidade e a segurança dos produtos.
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Sérios riscos:
Os produtos desclassificados representam risco potencial à saúde devido à falta de clareza sobre a origem e a composição.
Algumas empresas responsáveis por essas marcas têm CNPJs suspensos ou inativos na Receita Federal, aumentando a suspeita de práticas fraudulentas.
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Em nota, o Ministério afirmou que a comercialização desses produtos configura uma infração grave, e estabelecimentos que insistirem na venda podem ser penalizados.
Entre os principais riscos que envolvem o consumo desse tipo de alimento fraudado estão:
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- Reações alérgicas: Pessoas alérgicas a determinados tipos de óleos, como óleo de soja, podem apresentar reações adversas e dependendo do grau dessa intolerância no organismo, a consequência pode ser fatal;
- Problemas gastrointestinais: Óleos misturados ou de baixa qualidade podem ser de difícil digestão e causar desconforto abdominal, náuseas e outros problemas digestivos.
- Perda de benefícios nutricionais: O azeite de oliva é valorizado pelo alto teor de antioxidantes e ácidos graxos benéficos, especialmente o ácido oleico. A falsificação dilui ou elimina esses nutrientes, reduzindo seu valor nutricional e comprometendo seus efeitos positivos para a saúde cardiovascular e antioxidante.
- Contaminação por substâncias tóxicas: Dependendo da procedência e da manipulação inadequada dos óleos usados na adulteração, há risco de contaminação com produtos químicos ou resíduos de pesticidas, que representam um potencial risco de toxicidade a longo prazo.
- Aumento de gordura trans: Alguns produtos adulterados podem conter óleos hidrogenados ou parcialmente hidrogenados, ricos em gorduras trans, que são prejudiciais à saúde cardiovascular e aumentam o risco de doenças crônicas.
Alerta aos consumidores:
Sendo assim, tais riscos representam um verdadeiro alerta aos consumidores quanto à necessidade de verificar a procedência dos produtos e evitar marcas de baixo custo, já que produtos adulterados podem não apenas comprometer a saúde, mas também levar à perda dos benefícios que o azeite de oliva genuíno oferece.
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A recomendação do Ministério é que consumidores suspendam imediatamente o uso dos produtos das marcas listadas e solicitem a troca, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor.
Respostas das empresas:
Ainda conforme o G1, duas empresas responderam às notificações até o momento:
- Tascheti Alimentos e Serviços Ltda: A Tascheti Alimentos e Serviços, responsável pelo azeite Garcia Torres, detectou o problema apenas no lote 24013 e já retirou esse lote do mercado. A empresa mantém rigoroso controle de qualidade e atribui o problema à etapa de envase, realizada por terceiros.
- TRL Internacional Importadora e Exportadora Ltda: importadora dos azeites Vincenzo e Don Alejandro, declarou que atua exclusivamente como prestadora de serviços de importação para empresas contratantes e que forneceu ao Ministério da Justiça e ao PROCON todos os documentos referentes aos produtos importados. A TRL enfatizou não possuir relação direta com as marcas ou práticas ilícitas mencionadas.
As demais declarações não foram encontradas até o momento, porém o espaço permanece aberto se desejarem expor a sua versão dos fatos.
Dicas para evitar comprar azeite falsificado:
Portanto, diante dos fatos, o Ministério da Agricultura orienta aos consumidores alguns pontos de atenção para evitar a falsificação como:
- Se atentar a preços muito baixos e evitem comprar azeite vendido a granel;
- Verifique se a marca já foi proibida em listas de produtos falsificados, como no site da ANVISA;
- Para mais informações sobre a autenticidade dos produtos, é possível acessar o site do Ministério da Agricultura e da Anvisa.
Por que os azeites têm sido alvo de falsificações e adulterações?
De acordo com o portal BBC, ao lado das carnes e dos lácteos, o azeite de oliva está no pódio dos alimentos mais fraudados no Brasil e no mundo.
O cenário de demanda em alta, escassez do produto, alto valor agregado e preços elevados representa a oportunidade perfeita para empresas adulterarem esse produto, ampliando assim a sua margem de lucro.
Sendo assim, e conforme exposto pelo Ministério acima, jamais acredite em valores de azeite extremamente baratos!
Para saber mais casos envolvendo falsificações de azeite, clique aqui*
Conclusões finais:
Em suma, diante das descobertas do Ministério da Agricultura e da ANVISA sobre a adulteração em 12 marcas populares de azeite, o alerta é claro:
- Atenção redobrada na escolha do produto e desconfiança em relação a preços muito baixos;
- Além disso, a fiscalização rigorosa e a responsabilidade dos estabelecimentos são passos cruciais para garantir a segurança e a autenticidade dos produtos no mercado brasileiro.