Aos 20 anos, Lexa fala sobre o sucesso e promete: “Tem muita coisa pela frente”

18/12/2015 às 9h19

Por: Marcos Martins
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O fenômeno Lexa concedeu uma entrevista exclusiva (Foto: Studio Faya/ Divulgação)
O fenômeno Lexa concedeu uma entrevista exclusiva (Foto: Studio Faya/ Divulgação)

O fenômeno Lexa concedeu uma entrevista exclusiva (Foto: Studio Faya/ Divulgação)

O Brasil tem assistido de perto a evolução de vários nomes da música, mas um caso em especial merece atenção, e atende pelo nome artístico de Lexa. Carioca da gema, Léa Cristina recebeu o apelido ainda nos primeiros anos da infância, pois a mãe¸ Darlin Ferrattry, é fã incondicional da Xuxa e decidiu incluir o “X” na grafia. Produtora musical, Darlin sempre apoiou a filha na busca pelo seu sonho – e ela não estava errada! Para se ter ideia, o primeiro CD da cantora, Disponível, foi lançado em setembro deste ano pela gravadora Som Livre, meses após a divulgação do EP de estreia, e já caiu no gosto do público.

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As músicas Posso SerPara de Marra e Pior Que Sinto Falta já acumulam milhões de views no YouTube, e a cantora tornou-se figura carimbada em programas de TV, matérias da crítica especializada e alcança ótimas posições nas paradas musicais. Tudo isso, pasmem, com apenas 20 anos de idade! Para falar desse sucesso estrondoso, Lexa concedeu uma entrevista exclusiva, durante passagem por São Paulo (SP), e fez revelações sobre vida pessoal, carreira e novidades para 2016.

Confira a entrevista na íntegra:

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Marcos Martins: Como você está lidando com essa ascensão em pouco tempo, praticamente um ano, nas estradas?

Lexa: Sempre imaginei isso para minha vida e era uma grande vontade. Quando vejo as coisas acontecendo, me realizo com o meu trabalho. Todos os dias, conquisto uma coisa nova, conheço pessoas incríveis e sempre almejo novas experiências. O ano de 2015 foi iluminado, com ascensão em vários aspectos e outras visões de futuro.

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As suas músicas estão rompendo várias barreiras, até mesmo de faixa etária, atingindo bastante o público infantil. De que maneira você observa esse fenômeno?

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Nunca cantei para um grupo ou gênero específico. As crianças são puras e recebem com muito carinho nosso trabalho. Elas entendem que as minhas letras não são vulgares. Os pais escutam e pensam: “Ah, não tem nada de caráter apelativo nessas letras, então vou deixar meus filhos ouvirem”. Com a internet, não é possível burlar mais nada, e as crianças têm acesso a tudo.

As meninas se identificam mais porque, eu pelo menos, quando tinha essa idade queria crescer logo. Ao ver outra menina mais velha, elas desejam imitar. O público infantil é um dos melhores e sou apaixonada por eles. Tenho referências dentro de casa, com a minha irmã, que tem seis anos, que escuta minhas canções e opina.

A sua família é composta por músicos. De que maneira isso influenciou na sua carreira?

Influenciou em tudo! O ser humano nasce com um dom, uns são mais evidentes e outros, nem tanto. A música nasceu comigo, mas se não fosse estimulada, essa habilidade não teria evoluído. Minha mãe sempre foi a pessoa que mais me apoiou, até quando eu saí da faculdade para cantar. Meu padrasto também é da área e me ajudou com as notas musicais, o “assim, assado”.

Desde criança, eu tinha um problema: nunca conseguia cantar uma música inteira. E ele pegava muito no meu pé. Certo dia, meu padrasto deu o ultimato: “Não vou falar com você até conseguir cantar uma música inteira”. E eu aprendi. Devo muito a eles e não é porque tudo começou a acontecer que devemos nos esquecer do que passamos juntos.

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Você também compõe várias letras. Como é esse processo?

Canto as coisas que eu acredito. Das canções que escrevo, a maioria é sobre fatos que já aconteceram na minha vida. Uma menina de 20 anos já se apaixonou, levou um pé na bunda, perdeu disputa para uma amiga… Enfim, não sou a pessoa mais experiente do universo, mas sei que mulheres já passaram por isso. Meu CD tem o dia a dia, a batida que eu gosto e abordagem de coisas que podem vir a acontecer. É a minha verdade.

Ainda sobre o conteúdo das músicas, notamos uma Lexa independente, com amor próprio e que cuida do que é seu. É dessa maneira que tudo acontece na sua vida?

Sou assim. Moro com meus pais, mas digo que moro sozinha porque vivo na estrada. Passo na minha casa apenas quatro vezes por mês. Minha agenda é muito maluca e já sou independente, financeiramente falando. Fico com quem eu quero, sou decidida e coloco isso na música. As mulheres tinham medo de expressar seus sentimentos, antigamente. Mas hoje, estão criando coragem e mostrando as suas identidades. Depois, várias artistas abriram espaço, como Anitta, Ludmilla e Valesca Popozuda, que sempre levantou a bandeira da mulher independente. Isso não quer dizer que sou a maior pegadora, mas se fosse, não teria problemas [risos].

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Você criou também a web-série “Diário da Lexa”, que está na quinta temporada. Como surgiu essa ideia?

Queria mostrar a minha rotina porque notei que as pessoas achavam fácil o meio artístico. Cheguei com a minha equipe e disse que precisávamos expressar isso de alguma forma. Todos colocaram a cabeça para pensar e decidimos criar uma coisa mais íntima, para dar ao público a sensação de que ele estava participando da minha vida, como se fosse um reality. O que há de mais íntimo na vida de uma pessoa? O diário. Fiz isso para aproximar os meus fãs. Quanto mais o artista mostrar quem ele é, melhor.

Seu contato com os fãs é realmente muito próximo, e isso vai de contraponto a muitos artistas que se colocam em posição arrogante e de superioridade. O que você pensa a respeito disso?

É um grande erro porque quem é o artista sem o fã? Vou fazer show para quem? Para o mato? Os fãs são tudo. Há momentos que eu estou horrorosa [sic], e penso: “Caramba, vou tirar foto agora e estou tão feia”. Mas nem por isso vou negar o pedido deles, mesmo na correria. É importante porque são eles que fazem tudo acontecer. Se um clipe meu consegue chegar a doze milhões de views, é por causa deles. Devemos dar atenção mais para os fãs do que a outros colegas famosos do ramo. Eles são o foco sempre!

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O “Disponível” é o seu primeiro disco de estúdio, após o lançamento do EP. Como foi o trabalho em cima dele?

Só o CD levou um ano e meio. A primeira música que gravei foi “Baladeira”, depois lancei “Posso Ser”… Foi um processo bem longo. O disco ficou pronto com calma e tinha muitas músicas. Foi bom ter a opção de escolher: “essa aqui, sim, essa não…”. E o melhor: criar um CD que você não escuta apenas uma faixa boa. Me preocupei com isso para as pessoas falarem que “Sou Mais Eu” e “Baladeira” são as melhores, e que se identificam mais com “Pior que Sinto Falta”…

Você já sabe qual será o próximo single?

Estamos pensando ainda [risos]. Há dúvida entre duas músicas, mas por enquanto a música de trabalho é “Pior Que Sinto Falta”.

Lexa durante ensaio fotográfico (Foto: Studio Faya/ Divulgação)

Lexa durante ensaio fotográfico (Foto: Studio Faya/ Divulgação)

O que você espera de 2016, que já está chegando?

Espero, antes de tudo, muita luz, porque tenho muita fé. Se Deus quer que aconteça, é isso mesmo. Quero mais fãs porque a gente sempre quer mais, outros clipes… Daqui a pouco vou entrar em outro processo de CD e DVD. Tem muita coisa pela frente: entrevistas, televisão, babados, escorregões de palco [risos] e, se Deus quiser, prêmios.

São muitas famílias em volta de um projeto e desejo muitas benção para as pessoas que estão ao meu redor. Desejo o mesmo a todos os artistas. Cada um luta e merece o seu espaço, com dias sem dormir e sem comer direito. No pessoal, desejo sempre conquistar mais e mais!

Qual recado você deixa para os seus fãs?

Vocês são tudo, e podem esperar novidades! Tenho várias “coisinhas” guardadas, clipe que gravei nos Estados Unidos, inclusive três músicas lá, e tudo está arquivado para soltar em 2016. Tem muita coisa pela frente e conto com vocês!

Por Marcos Martins (@MarcosMartinsTV)

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Autor(a):

Jornalista apaixonado pelos meios de comunicação, em especial a TV. (TWITTER e INSTAGRAM: @marcosmartinstv)

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