Chamada apenas de “Mãe do Quilombo”, Zezé Motta comenta como foi descobrir o nome de sua personagem na reta final da novela

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Zezé Motta (Foto Divulgação)

A personagem de Zezé Motta em O Outro Lado do Paraíso era chamada apenas de Mãe do Quilombo. Mas obviamente ela tinha um nome, que nunca foi divulgado antes na novela.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A revelação do nome dela ocorreu durante o julgamento de Sophia (Marieta Severo). “Temos duas novas testemunhas: Otacília Formiga e o senhor Mariano”, anunciou a juíza Raquel (Erika Januza), em um momento que deixou a vilã em pânico.

Ao Uol, ela confessou o que achou do nome de sua personagem, que foi revelado nesta quinta-feira, penúltimo capítulo da novela: “É um nome muito engraçado. Chegou no capítulo, Otacília. Você me chamou a atenção que é uma experiência nova na minha vida, só saber o nome do personagem, o nome de batismo, no último capítulo”, contou Zezé.

+ Elenco de O Outro Lado do Paraíso comemora fim da novela em bar e simplicidade chama atenção

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mesmo assim a atriz elogiou o autor da trama: “Isso foi legal porque criou uma expetativa, porque se anunciasse: ‘Que entre a Mãe do Quilombo’, não causaria o mesmo impacto do que sendo chamada dona Otacília Formiga. O Walcyr realmente é um gênio”.

E seguiu os elogios: “Está sendo um grande sucesso, fiquei feliz que as pessoas gostaram muito do meu personagem. Adorei ter feito, fiquei muito grata de estar em um elenco desse naipe, cada um deu o seu show à parte. Marieta [Severo], dona Laura [Cardoso], e o que foi aquela interpretação do Paulo Betti? Perfeito!”.

LEIA TAMBÉM!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ela ainda defendeu a novela de críticas: “As pessoas ficam dizendo: ‘Mas falou pouco sobre o quilombo’. Eu acho que o Walcyr deu o primeiro passo. É fundamental que os brasileiros tenham mais informações sobre como vivem os quilombolas, quais suas realidades, necessidades, elas não têm noção de que temos três mil quilombos pelo Brasil afora, que infelizmente vivem marginalizados. Tem muita coisa ainda para se falar sobre o quilombo, estou disposta a fazer essa campanha, para mim não acabou”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

ZEZÉ E O RACISMO:

“Não foi só em Supermanoela e Transas e Caretas que eu namorei o galã. Em Corpo a Corpo, que foi uma novela revolucionária, o Gilberto Braga tocou em vários temas tabus, entre eles, o do relacionamento inter-racial. O casal formado pelo Marcos Paulo e por mim causou um rebuliço danado”, contou Zezé em seu Instagram dia desses.

E seguiu: “Na semana passada fiquei emocionada em uma entrevista para o @gshow, no momento em que gravávamos a cena de casamento da Raquel com o Bruno em @ooutrooladodoparaiso. O público em geral, na época (Corpo a Corpo), que participavam dos grupos de discussão da novela achincalhavam. Vinham com as visões mais preconceituosas. Uma telespectadora do Nordeste dizia que mudava de canal porque não podia acreditar que um gato como o Marcos Paulo pudesse ser apaixonado por uma mulher horrorosa (EU)”.

“Outro achava que o Marcos Paulo devia estar precisando muito de dinheiro para se humilhar a esse ponto. Fizeram uma enquete e saiu em um jornal. Teve um homem que disse ‘Se eu tivesse que beijar essa negra horrorosa, eu chegaria em casa e lavaria a minha boca com água sanitária’’… Na vida real eu tive um namorado branco, e a família dele aceitava. Mas foi só a gente decidir de se casar para começar uma confusão. A mãe dele foi parar no hospital e não teve casamento… #Racismo existe, sempre existiu, e ainda tá ai, e não há mais tempo para lamúrias, precisamos arregaçar as mangas e continuar a lutar!”

Autor(a):

Quer falar comigo? Entre em contato pelo e-mail: jl1919@hotmail.com.br

Sair da versão mobile