Primeiro representante de país a discursar na ONU, o presidente Jair Bolsonaro agradou a Silvio Santos, mas não a Globo
Na última semana, o Brasil manteve a tradição de décadas e foi o primeiro país a discursar na conferência anual da ONU (Organização das Nações Unidas), na pessoa do presidente Jair Bolsonaro. Em discurso polêmico e marcado por um tom pesado contra adversários que considera um perigo contra o Brasil, o representante máximo da política nacional dividiu opiniões.
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O presidente falou sobre vários temas: “índios/indígenas” (12 vezes), “Amazônia” (6), “mídia” (5), “socialismo” (5), “ideologia” (5), “democracia” (5), “direitos humanos” (4), “Deus” (4), “soberania” (4), “Venezuela” (4), “ditadura venezuelana” (1 vez) e “ditadura cubana” (2). Bolsonaro chegou até dizer que, antes de seu governo, havia uma ameaça comunista no país.
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O presidente citou os antecessores: “Há pouco, presidentes socialistas que me antecederam desviaram centenas de bilhões de dólares comprando parte da mídia e do parlamento, tudo por um projeto de poder absoluto. Foram julgados e punidos graças ao patriotismo, perseverança e coragem de um juiz que é símbolo no meu país, o Dr. Sérgio Moro, nosso atual Ministro da Justiça e Segurança Pública”.
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Enquanto esse discurso caiu nas graças de Silvio Santos e chegou a ser transmitido na íntegra durante o horário nobre do SBT, substituindo a novela As Aventuras de Poliana, na Globo foi diferente. Com os melhores momentos exibidos nos telejornais da casa, neste sábado (28) o discurso inflamado de Jair Bolsonaro ganhou uma sátira feita pelo programa Zorra.
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A atração juntou as várias entidades que seriam as responsáveis por trazer perigo ao Brasil, como pessoas de matrizes africanas, índios, representantes de ONG’s ambientalistas e até militantes comunistas. “Vem aí: Bolsonaro na ONU – baseado em fatos irreais”, dizia o locutor da sátira sobre o discurso do presidente.