O Conversa com Bial, na Globo desta quarta-feira, (29) entrevista a atriz Regina Duarte, a eterna “namoradinha do Brasil”, e celebra os 40 anos da estreia de Malu Mulher, série exibida de 1979 a 1980, criada e dirigida por Daniel Filho. A atriz declarou voto ao então candidato Jair Bolsonaro (PSL) e afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o político era “um cara doce, um homem dos anos 50, um jeito masculino, machão”.
Maria Lúcia Fonseca, a protagonista, pelejava por sua independência financeira, respeito no trabalho, liberdade no amor e ganhou vida na pele de Regina, sacudindo a conservadora sociedade brasileira da época.
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“Os desquites tinham triplicado em 1977. Isso chamou a atenção de Boni e Daniel [Filho]: existia uma nova mulher na sociedade e era necessário falar dela.” A atriz da Globo, Regina Duarte relembrou algumas das reações machistas de parte do público: “Diziam que eu estava subvertendo a família brasileira”.
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Regina Duarte abalou as estruturas da sociedade conservadora brasileira com a personagem Maria Lúcia Fonseca, protagonista da série Malu Mulher, criada por Daniel Filho. Nos quarenta anos da estreia da trama, a atriz relembrou o importante papel no Conversa Com Bial. No bate-papo com Pedro Bial, a veterana contou que aceitou o convite do diretor para o papel em meio a um processo de separação.
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“O que aconteceu? Eu namorei o Daniel, eu me apaixonei profundamente. Ele veio com uma coisa que eu queria na vida, na arte, eu estava buscando uma paixão, saindo de um casamento.”
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O tom feminista da personagem nunca foi levado para a vida pessoal de Regina.
“Eu nunca me declarei feminista, mesmo fazendo Malu. Eu achava que não era por aí, que tinha caminhos intermediários, que tinha que negociar mais, que não podia se afastar do homem.”
Regina assumiu que sofreu com o fim de Malu Mulher. Porém, Regina Duarte revelou que não concordava mais com os posicionamentos da personagem.
“Eu estava achando ela muito chata, muito autoritária, muito dona da verdade, muito feminista. Aquilo que eu nunca quis ser.”
Entre os outros personagens relembrados no papo, está a Helena de Por Amor, em exibição e batendo recordes de audiência no Vale a Pena Ver de Novo. Gabriela Duarte, sua filha na trama e na vida real, estudava nos Estados Unidos e largou um curso no meio em Nova York para aceitar o papel e contracenar com a mãe.
Política, claro, não ficou fora do papo: Regina comentou seu apoio a Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 e seus posicionamentos políticos nas eleições de 2002.
“Em 2002 fui chamada da terrorista e hoje sou chamada de fascista, olha que intolerância?”