O apresentador e dono do SBT, Silvio Santos sofreu um sequestro logo após sua filha, Patricia Abravanel, ficar presa em cativeiro por uma semana em 2001. O Comandante Diógenes Lucca, fundador do Gate, grupo de ações táticas especiais, foi o entrevistado do canal Elcio Coronato, na Snack e foi o negociador do sequestro de Silvio na época, na entrevista, ele falou sobre o assunto.
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O profissional que entre outras coisas, hoje se dedica a passar seus conhecimentos a empresas e profissionais de alta performance, foi o principal negociador de refém da polícia paulista durante 11 anos. Neste período comandou mais de 100 negociações em sequestros, entre eles o do apresentador Silvio Santos.
Experiente negociador em situações extremas, Diógenes Lucca afirma que ter informações sobre sequestradores e reféns é fundamental. O especialista conta que algumas pessoas da polícia moderna não conseguem entender: ‘um bom policial não tem que se preocupar como o criminoso virá. Ele virá, seja vivo ou seja morto. O que a gente quer é que ele saia dali preso e que responda à Justiça’. Lucca revela como atuou no sequestro de Silvio Santos e confessa que o ‘Homem do Baú’ dificultou um pouco a ação da polícia.
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Vale lembrar, que um filme sobre o acontecimento “Silvio Santos – O Sequestro” estreia nos cinemas de todo o Brasil no dia 12 de dezembro deste ano e conta o drama vivido por ele e Patricia Abravanel. Com direção de Maurício Eça, que também produziu Carrossel – O Filme, a história acompanhará um dos momentos mais tensos na vida do dono do SBT. A produtora responsável será a Paris Entretenimento, responsável pela cinebiografia de Edir Macedo.
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Em agosto de 2001, Patrícia Abravanel foi sequestrada por Fernando Dutra Pinto. Na época, ela tinha 23 anos e cursava a faculdade de Administração de Empresas.
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A filha de Silvio Santos ficou uma semana em cativeiro e só foi solta após pagamento de resgate.
O crime foi amplamente divulgado por todos os canais de televisão na época. A TV Globo chegou a interromper a programação habitual para transmitir, ao vivo, as informações sobre o caso.
Apesar da intensa perseguição policial, Fernando Dutra Pinto conseguiu escapar. No dia seguinte, por volta das 7h, o sequestrador invadiu a mansão de Silvio Santos, no bairro do Morumbi, e manteve o apresentador como refém por todo o dia. Ele só se entregou após conversar com o governador de São Paulo na ocasião, Geraldo Alckmin, que pegou um helicóptero e fez a negociação direto no local.
O comandante contou que foi chamado na casa para negociar com o sequestrador Fernando Dutra. Assim que chegou se deparou com a sala cheia de policiais e autoridades, segundo ele, parecia a ‘festa da firma’: “Eu chamei uma autoridade que estava lá e pedi para limpar o local, porque tinha muita gente”, conta. Diógenes conta também que Silvio Santos exigiu que trouxessem o secretário de segurança para que o sequestrador, Fernando, pudesse se entregar.
“A crise de refém é uma crise que a polícia tem que resolver. O secretário não é polícia, ele é chefe, mas não é polícia, assim como o governador. Então, por técnica, eu não poderia deixar vir uma autoridade do executivo lá”.
O comandante conta que mesmo assim na ocasião apareceu o governador Geraldo Alckmin que teve o papel de intermediar com Silvio a rendição do bandido:
“Foi engraçadíssima essa hora, ele estava tão ‘estocolmizado’ ( da síndrome de estocolmo) que quando abriu a porta e os caras foram dar a calça pra ele, preocupados em ele (Silvio) sair de cueca, ele ignorou a peça de roupa, foi saindo e abraçando o governador de cueca mesmo. Eu tenho comigo que o Silvio não queria que nada de mal acontecesse com o Fernando, apesar de ele ter sido o autor do sequestro de sua filha e tê-lo mantido como refém. Ele não queria ver sangue e nem uma morte na casa dele”.
A entrevista completa está disponível no canal Élcio Coronato na Snack: Confira abaixo.