Após 48 anos, jornalista da Globo conta tudo e revela segredo pessoal: ‘Criei uma máscara para me expor’
10/05/2019 às 15h52
O jornalista da Globo Márcio Gomes, sempre discreto, resolveu abrir um pouco da sua vida pessoal devido a uma reportagem para o Globo Repórter.
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Isso porque o programa abordará a timidez. Em entrevista ao Extra, publicada nesta sexta (10), ele falou sobre o assunto. “Como essas pessoas enfrentam o mundo que, cada vez mais, exige comunicação e exposição? Quando comecei a pensar no meu filho dentro desse universo, ampliei minhas ideias e tive o desejo de contar histórias.
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Não quis falar de mim, mas do jeito de ser de muita gente. Para ser repórter de TV, criei uma máscara para me expor. Mas, pessoalmente, eu não consigo me intrometer no meio de duas pessoas que não conheço para puxar assunto”, disse o profissional de 48 anos.
Além disso, ele sofreu para fazer essa reportagem. “Algumas concordavam em dar entrevista e no outro dia desmarcavam. Foi bem tenso marcar com eles. Lembro de um menino que sofre de fobia social (uma timidez mais agravada) que não consegue ficar num local com muita gente. E a mãe dá a maior força para ele, briga pelo garoto. É preciso que a família abrace essas pessoas, defenda dos olhares dos outros. Se os julgamentos começam em casa, a situação fica mais difícil ainda de ser controlada”, declarou o rapaz.
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Após ser maltratado na internet por ter feito um comentário machista contra uma seguidora, o artista Luciano Huck assumiu o erro e pediu perdão nesta sexta (10).
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Para quem não sabe, uma seguidora o criticou: “Você é esquisito e tem emoções falsas”. Ele, por sua vez, disparou: “Muito sensível você, mulher. Deve estar solteira e abandonada, pelo visto, né?! (sic).” Nesse momento ele foi massacrado pelos internautas.
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“Semana passada cometi um erro. Respondi a um comentário crítico formulado por uma seguidora numa rede social de maneira absolutamente equivocada”, declarou ele em entrevista ao jornalista Leo Dias.
“Depois de tanto tempo lidando com o diálogo nesses ambientes, sei o quanto os ânimos se acirram e a polarização se aguça. De forma especial nos últimos anos. Mas isso não justifica minha atitude. Não me coloco na posição de vítima. Ao contrário, definitivamente eu não devia ter reagido daquela maneira.
Acredito que todas as pessoas são livres para dizer o que pensam, independentemente de eu concordar ou não. E, sendo uma figura pública, aprendi faz tempo a conviver com a evidente condição de não ser uma unanimidade. Coisa que, aliás, ninguém é.
Quem me conhece, assiste ou segue sabe que sou uma pessoa que persegue o consenso e o diálogo construtivo e que respostas ofensivas não são parte do meu dia a dia, entre outras razões porque sei que não constroem nada nem nos levam a lugar nenhum. E foi tudo o que não observei neste episódio.
Mas mesmo assim creio que venho evoluindo bastante nestas ultimas décadas. E sigo em constante aprendizado, dia após dia. Tenho certeza também de que estou criando filhos que evoluirão em relação à maneira de compreender e de lidar com a diversidade, as diferenças e os preconceitos . E, por isso, acredito que serão pessoas melhores do que as da minha geração, nestes e em vários outros aspectos.
Por mais que minha intenção não tenha sido essa, reconheço que fui bastante infeliz na escolha das palavras e que meu comentário despertou a percepção da minha fala como carregada de preconceitos, contra os quais inclusive luto ativamente no meu dia a dia profissional e pessoal. Refleti e acho que cabe, sim, um pedido de desculpas à pessoa que fez a crítica e a todas as mulheres e homens que possam ter se sentido ofendidos pelas minhas palavras.
Acredito que estamos todos nós num processo de revisão e quebra de preconceitos e ‘dogmas’ e em pleno aprendizado coletivo de uma nova maneira de lidar com o mundo. Me considero um aprendiz esforçado nessa batalha, mas passível de erros como todo mundo.
Falo sobre qualquer assunto, procuro me posicionar com clareza e não tenho medo de dar opinião. Me coloco sempre aberto ao diálogo e vou me policiar para evitar reações intempestivas e equivocadas como a que tive e pela qual novamente peço desculpas. Mas acho também que temos todos que defender diariamente a qualificação do debate, sempre em torno de ideias e de posições e evitando as agressões gratuitas e destrutivas, digitais ou não, que não contribuem em nada para reconectar a sociedade na caminhada por um país mais justo, fraterno e eficiente no futuro”, analisou.
Autor(a):
Vinícius Vieira
Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.