Outrora uma família “qualquer” sem grande evidência da mídia, o clã Bolsonaro hoje é um dos temas mais abordados pela imprensa brasileira. E os motivos são vários, a começar por Jair Bolonaro, atual presidente da República, perpassando pelas relações pouco republicanas de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, acusado pelo Ministério Público de chefiar uma organização criminosa, até atingir sua esposa, Michelle Bolsonaro, que, após ser acusada de abandonar a própria avó em uma região pobre de Brasília, morando próximo a um esgoto a céu aberto, viu-se novamente exposta em nova polêmica familiar, que pode comprometer, inclusive, seus enteados ao expor a proximidade dos Bolsonaros com as milícias.
Uma operação deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organização (Gaeco), do Ministério Público do Distrito Federal, prendeu nessa quarta-feira, 29, sete policiais militares por fazerem parte de uma milícia que atual na região do Sol Nascente, em Ceilândia. Um dos milicianos é tio de Michelle Bolsonaro, esposa do presidente, e a região de atuação do PM preso é justamente a mesma em que mora a avó abandonada pela primeira-dama do Brasil.
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As informações são das jornalista Ana Virato e Helena Mader, do blog CB.Poder, do jornal Correio Braziliense. O tio preso de Michelle Bolsonaro é o 1º sargento reformado. Ele é irmão de Maria das Graças, mãe da esposa de Bolsonaro.
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Ainda segundo o noticioso, o miliciano foi um dos alvos da Operação Horus, que apura a participação de policiais militares e crimes de loteamento irregular do solo, extorsão e homicídio, relacionados à grilagem de terras.
Todos os presos são lotados ou já atuaram no 8º e no 10º Batalhão da Polícia Militar, unidades responsáveis pelo policiamento ostensivo no Sol Nascente – região onde reside familiares de Michelle Bolsonaro.
A proximidade da família do presidente Jair Bolsonaro, principalmente seu filho Flávio Bolsonaro, e até mesmo o vereador Carlos Bolsonaro, com os milicianos vieram a público no final de 2018, após uma operação do Coaf revelar um suposto esquema criminoso no gabinete do então deputado Flávio, para desviar salários dos assessores e que teria como um dos principais integrantes o ex-assessor Fabrício Queiroz, acusado de fazer movimentações atípicas, que ultrapassam o valor de 1 milhão de reais. Na ocasião das transações suspeitas, um cheque de R$ 20 mil chegou a ser depositado em uma conta pessoal de Michelle Bolsonaro.
“Na presente investigação, pelos elementos de provas colhidas, já é possível vislumbrar indícios da existência de uma organização criminosa com alto grau de permanência e estabilidade, formada desde o ano de 2007 por dezenas de integrantes do gabinete do ex-deputado estadual Flávio Nantes Bolsonaro e outros assessores nomeados pelo parlamentar para outros cargos na Alerj, destinada à prática de crimes de peculato, cuja pena máxima supera quatro anos”, disse o MP.
Sobre as acusações do MP, o atual senador Flávio nega. Em relação ao tio de Michelle Bolsonaro, o Palácio do Planalto disse que não comentará o caso.