Após declarar apoio ao atual presidente, Silvio Santos discorda de Bolsonaro e dispara: “Piada”
06/05/2019 às 13h32
Após declarar apoio ao atual presidente Jair Messias Bolsonaro, Silvio Santos deu o que falar na noite do último domingo, 5 de maio, após tê-lo convidado para participar do seu programa, no SBT. Durante a conversa, onde os dois falaram sobre diversos temas, entre eles o porte de armas, ambos tiveram divergências de ideias ao decorrer do bate-papo.
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“Esse negócio de arma de fogo não pode aprovar. Já imaginou? Vai virar um faroeste”, disparou Silvio Santos, deixando claro sua insatisfação.
“Mas Silvio, você anda pelos Estados Unidos. Lá, a posse e o porte são liberados”, declarou Bolsonaro logo em seguida.
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“Não vamos confundir. Nos Estados Unidos, quando o cara faz um negócio qualquer, ele vai para a cadeia e fica. Aqui, não. Aqui é piada”, disse o apresentador. Bolsonaro ainda disse que a posse já foi regulamentada no país.
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Silvio Santos por sua vez, deixou claro que se tivesse uma arma faria uso dela: “Se eu tiver uma arma na minha casa e ouvir um ruído, é claro que não vou sair de cueca para encontrar o cara. Vou pegar o revólver”. “Estamos começando a nos entender”, afirmou o presidente.
Silvio então propôs uma entrevista com Danilo Gentili, já que a entrevita estava próximo do fim: “O meu redator colocou uma porção de temas, assuntos. Isso aqui você faz com a Marília Gabriela, com aquele rapaz, o Gentili”. Bolsonaro celebrou: “É ordem sua? Já estou no Gentili“. “Tenho certeza que ele vai te convidar. Aqui o mais importante é a Previdência”, finalizou o dono da emissora.
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Há uma guerra de bastidores entre as emissoras de televisão provocada por Jair Bolsonaro. Bolsonaro quer enfraquecer a TV Globo, onde se pratica um jornalismo mais crítico. Então, ele se aproximou da Record e SBT, usando quase como porta-vozes. Sinal dos ânimos acirrados é que um comentário feito por Faustão, sem intenção de atingir Bolsonaro, foi entendido pelo governo como um ataque.
A briga é pelo poder da audiência. Como o dono da Record é um pastor então a aparência é de ares religiosos. Não é somente de um lado a intriga. Ela gira para os dois lados. Um quer abocanhar o outro na tentativa de conquistar o primeiro lugar. Com o apoio do presidente, talvez as coisas fiquem mais fáceis para as concorrentes da Globo.
SBT e Record querem mudar as regras que, supostamente, favoreceriam a TV Globo. Estou falando sobre a Bonificação de Valor (BV). O BV é uma comissão que as emissoras pagam às agências que levam seus anunciantes. Mas, até agora, se a intenção de Bolsonaro era abalar a TV Globo, está acontece o contrário. As reportagens do Jornal Nacional assim como as Organizações O Globo devastaram a imagem do governo, ao revelar as contas de Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro.
Porém, nesta quinta-feira(2), o Jornal Nacional, da Globo surpreendeu o seu público ao mostrar a denúncia de um crime que envolveria a Record e o nome de seu líder, Bispo Edir Macedo.
O jornal mostrou um depoimento do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que está preso. O depoimento é perigoso para a Record.
O perigo é registrado porque, segundo Cabral, ele teria intermediado o encontro de executivos da emissora de Edir Macedo com um procurador da república. O principal objetivo, segundo o governador, era evitar que Bispo Macedo perdesse a concessão da emissora.
De acordo com Cabral, dois executivos da Record revelaram que havia um problema com a fundação da Record, que estava embargado no Ministério Público. Esse problema, que não é explicado pelo governador, poderia, segundo ele, levar até mesmo ao fechamento de um dos principais canais do país.
O ex-governador disse que não se interessou em saber qual era o problema. “Sei que tinha o risco de perder a televisão”, disse no depoimento. Ainda segundo Cabral, o problema teria sido resolvido após o encontro.
Claudio Lopes, um dos ex-executivos acusados por Sérgio Cabral disse que o depoimento do ex-governador é mentira. Segundo ele, Sérgio estaria fazendo delações movido pelo desespero, cujo principal objetivo seria tentar conseguir uma redução da sua pena.
A assessoria da Record afirmou que Thomaz Naves, outro executivo que teve o seu nome citado na reportagem do Jornal Nacional, nunca esteve na casa de Cabral e que as declarações são infundadas.