Após declarar apoio ao atual presidente Jair Messias Bolsonaro, Silvio Santos deu o que falar na noite do último domingo, 5 de maio, após tê-lo convidado para participar do seu programa, no SBT. Durante a conversa, onde os dois falaram sobre diversos temas, entre eles o porte de armas, ambos tiveram divergências de ideias ao decorrer do bate-papo.
“Esse negócio de arma de fogo não pode aprovar. Já imaginou? Vai virar um faroeste”, disparou Silvio Santos, deixando claro sua insatisfação.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Mas Silvio, você anda pelos Estados Unidos. Lá, a posse e o porte são liberados”, declarou Bolsonaro logo em seguida.
“Não vamos confundir. Nos Estados Unidos, quando o cara faz um negócio qualquer, ele vai para a cadeia e fica. Aqui, não. Aqui é piada”, disse o apresentador. Bolsonaro ainda disse que a posse já foi regulamentada no país.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
+Em Paris, MC Guimê faz desabafo emocionante e comove fãs: “Tenho lutado desde que nasci”
Silvio Santos por sua vez, deixou claro que se tivesse uma arma faria uso dela: “Se eu tiver uma arma na minha casa e ouvir um ruído, é claro que não vou sair de cueca para encontrar o cara. Vou pegar o revólver”. “Estamos começando a nos entender”, afirmou o presidente.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Silvio então propôs uma entrevista com Danilo Gentili, já que a entrevita estava próximo do fim: “O meu redator colocou uma porção de temas, assuntos. Isso aqui você faz com a Marília Gabriela, com aquele rapaz, o Gentili”. Bolsonaro celebrou: “É ordem sua? Já estou no Gentili“. “Tenho certeza que ele vai te convidar. Aqui o mais importante é a Previdência”, finalizou o dono da emissora.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
+Após grave cirurgia, Luana Piovani surge de muletas e choca fãs; confira
+Devastado, William Bonner desabafa sobre a morte da mãe e comove web
MAIS PESQUISAS RELACIONADAS
Há uma guerra de bastidores entre as emissoras de televisão provocada por Jair Bolsonaro. Bolsonaro quer enfraquecer a TV Globo, onde se pratica um jornalismo mais crítico. Então, ele se aproximou da Record e SBT, usando quase como porta-vozes. Sinal dos ânimos acirrados é que um comentário feito por Faustão, sem intenção de atingir Bolsonaro, foi entendido pelo governo como um ataque.
A briga é pelo poder da audiência. Como o dono da Record é um pastor então a aparência é de ares religiosos. Não é somente de um lado a intriga. Ela gira para os dois lados. Um quer abocanhar o outro na tentativa de conquistar o primeiro lugar. Com o apoio do presidente, talvez as coisas fiquem mais fáceis para as concorrentes da Globo.
SBT e Record querem mudar as regras que, supostamente, favoreceriam a TV Globo. Estou falando sobre a Bonificação de Valor (BV). O BV é uma comissão que as emissoras pagam às agências que levam seus anunciantes. Mas, até agora, se a intenção de Bolsonaro era abalar a TV Globo, está acontece o contrário. As reportagens do Jornal Nacional assim como as Organizações O Globo devastaram a imagem do governo, ao revelar as contas de Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro.
Porém, nesta quinta-feira(2), o Jornal Nacional, da Globo surpreendeu o seu público ao mostrar a denúncia de um crime que envolveria a Record e o nome de seu líder, Bispo Edir Macedo.
O jornal mostrou um depoimento do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que está preso. O depoimento é perigoso para a Record.
O perigo é registrado porque, segundo Cabral, ele teria intermediado o encontro de executivos da emissora de Edir Macedo com um procurador da república. O principal objetivo, segundo o governador, era evitar que Bispo Macedo perdesse a concessão da emissora.
De acordo com Cabral, dois executivos da Record revelaram que havia um problema com a fundação da Record, que estava embargado no Ministério Público. Esse problema, que não é explicado pelo governador, poderia, segundo ele, levar até mesmo ao fechamento de um dos principais canais do país.
O ex-governador disse que não se interessou em saber qual era o problema. “Sei que tinha o risco de perder a televisão”, disse no depoimento. Ainda segundo Cabral, o problema teria sido resolvido após o encontro.
Claudio Lopes, um dos ex-executivos acusados por Sérgio Cabral disse que o depoimento do ex-governador é mentira. Segundo ele, Sérgio estaria fazendo delações movido pelo desespero, cujo principal objetivo seria tentar conseguir uma redução da sua pena.
A assessoria da Record afirmou que Thomaz Naves, outro executivo que teve o seu nome citado na reportagem do Jornal Nacional, nunca esteve na casa de Cabral e que as declarações são infundadas.