Tonico Pereira detonou o governo de Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)
Conhecido por conta de seus trabalhos na Globo, Tonico Pereira não costuma ter papas na língua e fala sempre o que lhe vem a mente. Quando o assunto diz respeito a política, o artista, de 70 anos, é ainda mais ousado e não se importa em opinar sobre o atual governo. Jair Bolsonaro, atual Presidente do Brasil, já recebeu inúmeras críticas do veterano. No entanto, isso tem costado muito cara para o famoso.
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Durante entrevista concedida para Leo Dias, do UOL, Tonico Pereira confessou que opinar sobre política na internet vem se tornando um risco e por conta disso já recebeu diversas ameaças de morte. Até mesmo um pastor evangélico chegou a dizer que iria atentar contra a vida do ator da Globo.
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“Recebo ameaças de pessoas dizendo que vão me agredir o tempo inteiro. Acho que todo cidadão tem que opinar e eu tento contrapor ideias. Se eles não conseguem dialogar, partem para a grosseria, agressão, tudo por termos um posicionamento diferente. Veja bem, um pastor evangélico me ameaçando de morte? Aí podemos ver que os cristãos também matam, né?”, disparou Tonico Pereira.
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Apesar das ameaças, o ator afirmou que continuará ativo nas redes sociais e fará seus posicionamentos político. “Tenho a tranquilidade de ser cidadão e poder opinar. Vamos ver até onde e quando eu conseguirei ter esse espaço de opinião. Eu sempre falo, não consigo ficar quieto e recolhido”, declarou ele. Para quem não sabe, Tonico Pereira foi um dos que aderiu a campanha Ele Não, contra Jair Bolsonaro.
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O Presidente da República, Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)
TONICO PEREIRA FEZ O PRIMEIRO GAY
O ator Tonico Pereira esteve no programa Pânico na Rádio Jovem Pan na última semana e falou sobre ter feito o primeiro beijo gay do cinema nacional. “Evidente que tudo bem. É proibido proibir. Não tem nada a ver com minha opção sexual, mas o autor do primeiro gay no cinema nacional, há 38 anos, sou eu e o Anselmo Vasconcelos”, disse.
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Além disso, ele falou sobre os desaparecimentos e censura na Ditadura Militar. “Virou quase uma rotina isso, de repente sumia um do meu grupo. Hoje você tem uma pseudoliberdade. O coletivo está alienado pelo mercado. Eles te oferecem parâmetros de subir na vida esquecendo que você tem que ter o mínimo para viver. Eles criam metas ilusórias e todo mundo persegue essa meta e se acostuma na m*. Esse deus mercado é de uma crueldade…”, comentou.
“Eu sou fruto dos bares e prostíbulos do Brasil inteiro. Eu nasci numa rua de prostíbulos, eu literalmente brinquei e joguei bola com os filhos da p*. Mas eu não acho isso demérito, foi uma experiência muito linda, além de entregar leite nos prostíbulos”, declarou.
O veterano disse que muitas pessoas não entendem suas ironias nas redes sociais. “Eu lido com a vida de forma irônica. Eu sou uma pessoa meio fora da caixa, então ali nas redes sociais pelo menos eu falo o que eu penso e o que eu quero de preferência ironicamente e leva muita gente a não entender. Em princípio eu não explico. As vezes as pessoas levam para um viés completamente diferente do que eu falei, mas eu não me importo com isso”, declarou.
Por fim, o artista revelou que a mãe lhe deu o primeiro cigarro com 8 anos. “Os cigarros eram normais na minha época, eu fumo há 62 anos. Eu sou contra qualquer proibição. O homem digno é livre, qualquer proibição pra mim me soa muito ruim”, opinou.
