Depois dos depoimentos feitos nesta segunda-feira, 06 de maio, realizados no 1º Distrito Policial de São Sebastião, o delegado, Dr. Vanderlei Pagliarini, analisou os relatos e provas, chegando a uma conclusão sobre o caso de Caroline Bittencourt.
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Depois de um longo, o delegado decidiu indicar o marido da modelo, o empresário Jorge Sestini, por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
Após morrer ao cair de uma lancha, por uma tempestade que atingiu a Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, no domingo, 28 de abril, surgiram provas de que o seu marido teria culpa pela fatalidade. Foram ouvidos depoimentos de Lenildo Oliveira, dono da marina Lemar Garagem Náutica, de São Sebastião, onde o marido da modelo guardava a embarcação Twin Green, e Roberto Batista Tenório, o marinheiro que resgatou Jorge, após ele pular no mar para tentar ajudar sua esposa.
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Chegou-se então a conclusão de que houve uma negligência do empresário, que mesmo sendo advertido sobre o temporal que se formava, optou por sair com a embarcação para alto mar. Em seu relato, o dono da marina afirmou que avisou Jorge sobre a previsão de tempo para a tarde, e que mesmo assim, após a saída do casal, ele mandou uma mensagem de texto pelo Whatsapp afirmando que a ventania já provocava estragos no Litoral Sul.
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Também de acordo com o mesmo, o esposo da modelo visualizou sua mensagem e respondeu dizendo que estava voltando do Canal de São Sebastião e chegaria à marina por volta de 17:30. Lenildo, depois de notar que a família não havia retornado, enviou novamente uma mensagem às 17h15, avisando que a situação estava se agravando cada vez mais e a tempestade já atingia agora o canal onde os dois estavam. Para seu total desespero, o empresário não respondeu e nem chegou a receber a mensagem mandada.
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Depois de analisar o depoimento, o delegado Dr. Vanderlei Pagliarini revelou que há indícios de conduta errada de Jorge Sestini e disse no trecho de seu documento: “Não se discute que o evento que resultou na morte de Caroline Bittencourt se cuida de uma tragédia”.
Completando seu pensamento, ele falou: “Diante do conjunto de provas e indícios coligidos até esse momento, vislumbra-se com clareza a incidência de conduta culposa de Jorge Nogueira Sestini. Sabedor do mau tempo que assolava naquele momento a região, especialmente para quem se encontrava a bordo de embarcações de pequeno porte, de 17 pés, expressamente advertido a esse respeito, resolveu por lançar-se ao mar, não providenciando ao menos que a vítima utilizasse um colete salva-vidas, como lhe competia, negligência indiscutível que remete aos fundamentos dos delitos culposos”.
O pedido de indiciamento foi enviado para a polícia de São Paulo, que deve intimar o empresário para ouvi-lo.