Marina Ruy Barbosa ganha segunda chance na Globo

Marina Ruy Barbosa dá vida à personagem Luz em O Sétimo Guardião. (Foto: Divulgação)

A atriz Marina Ruy Barbosa tem dado o que falar ao interpretar a sua primeira protagonista no horário nobre da Rede Globo. Com apenas 23 anos de idade, a jovem, que começou seus trabalhos na telinha quando tinha apenas 9, tem muita história pra contar.

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Em conversa com o Vídeo Show, Marina recordou o início de sua trajetória na TV quando em 2005, ao participar de Belíssima, ganhou o público.

“Com essa idade eu tinha muitos sonhos. Eu era criança, tinha muitos medos, inseguranças e vontade que desse certo, que a carreira fosse longa. É muito bom ver hoje que estou realizando sonhos dessa época. Sou muito grata às pessoas que passaram por esse caminho”, afirmou.

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Marina Ruy Barbosa em “Começar De Novo”, seu primeiro papel na TV (Foto: Divulgação)

Silvio de Abreu, diretor de teledramaturgia da Globo e autor de Belíssima, revelou um fato curioso sobre Marina em entrevista para a UOL. “Fizemos testes com inúmeras meninas, não me lembro o número exato, e Marina venceu todas as concorrentes. Ela tinha o que o personagem exigia, era viva, esperta, talentosa e sabia lidar muito bem com as emoções”.

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“Ao contratá-la ficou acertado que cortaria o cabelo porque a personagem era uma garota-moleque e um cabelo longo poderia atrapalhar na caracterização, ela concordou, mas na hora de cortar o cabelo abriu um berreiro e resolvemos caracterizar o personagem de outra maneira, usando tranças e cabelo preso. A bem da verdade não fez muita diferença porque a atuação dela como Sabina foi impecável”, completou.

Marina Ruy Barbosa em “Viver a Vida” (Foto: Divulgação)

A fala de Silvio deixou bem claro o apego da ruivinha as suas madeixas. Isso causou revolta em Walcyr Carrasco quando ela participou de sua novela, Amor a Vida (2013). Ela era uma paciente com câncer terminal e se recusou a cortar o cabelo. Walcyr, que é conhecido por ‘castigar’ os atores, logo matou a personagem e a fez virar uma noiva fantasma, que entrava e saía de cena calada.

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Em Império, Marina teve uma segunda chance na emissora carioca e marcou sua transição para papéis mais maduros.

“Escolhi Marina para atuar em ‘Império’ depois daquela novela em que a transformaram em ‘noiva cadáver’. Achei que ela merecia uma chance de brilhar realmente e fiz dela a amante do comendador. Foi uma jogada perigosa porque ela era muito jovem. Mas deu certo”, disso o autor do folhetim.

Sobre a polêmica em torno do cabelo da atriz, ele comentou: “Veio uma menininha chorando perto de mim e disse, ‘estão querendo raspar minha cabeça, que eu fique careca. Eu não quero fazer isso. Olhei para aquele cabelo lindo e falei, isso é uma crueldade. Não vou deixar que raspem sua cabeça. Vou dar um jeito”, disse ele.

Bruno Gagliasso, par romântico da atriz em O Sétimo Guardião, também foi só elogios à ruiva: “Quando você tem intimidade e se reconhece no olhar do outro em cena isso só faz você crescer como ator e ser humano. Antes de fazer o filme [‘Todas as Canções de Amor’] já fazíamos campanha juntos. Já nos conhecíamos antes disso. Isso também te faz se cobrar mais para fazer algo diferente”.

Marina, aliás, abriu o jogo do que a move: “Nunca me senti incomodada por ter uma carreira que foi construída na televisão. Mas como atriz eu me sinto inquieta de buscar coisas que sejam diferentes”, falou. “Isso vai ser a vida inteira. Amo atuar. Acho que vou ter sempre um frio na barriga quando for estrear. Isso é o combustível para nós atores sairmos da zona de conforto. Não quero ficar parada. Eu quero me arriscar. Estou buscando isso e o meu lugar no mundo como mulher, atriz e cidadã”, declara ela.