A atriz Ana Karolina Lannes ficou conhecida por ter interpretado a Ágatha de Avenida Brasil em meados de 2013. Apesar de não ter emplacado mais nenhuma novela de lá para cá, a jovem cresceu e mudou radicalmente.
Ela, que revelou recentemente que é gay, resolveu mudar radicalmente o visual e optou por pintar os cabelos de rosa.
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“Tomaaaaa Gayyyyysssas, era aquele rosa ódio das inimigas que vocês queriam? Mais uma vez a maravilhosa da Thais Maia pegou meu cabelo e deu aquele banho de lacre, né mores, comenta aí qual a próxima cor pra gente já ir planejando (risos)”, postou ela na última quarta-feira.
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Aos 18 anos, ela deixou a casa dos pais em São Paulo e se mudou para a região Centro-Oeste do país para estudar Artes Cênicas na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS).
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De acordo com informações do jornal Extra, para ganhar uma grana e conseguir se sustentar, a eterna Ágatha de Avenida Brasil trabalha como DJ em uma boate gay da cidade e revelou recentemente aos pais ser homossexual.
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“Nunca escondi, mas também nunca falei com todas as letras. Até por conta dos meus pais, porque eu sei da exposição que isso causaria para eles. Mas eu acho que agora cada um está tendo a sua vida. Eu sou lésbica, e não é porque eu fui criada por pais gays. Esse julgamento é o meu maior medo”, diz ela que esteve em Avenida Brasil há alguns anos e nunca mais voltou para à televisão.
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Para quem não sabe, a atriz foi criada por Fábio Lopes e o companheiro dele, o dermatologista João Paulo Afonso: “Contei um pouco antes de sair de casa. Eles tiveram uma reação um pouco controversa. O medo deles seria de eu passar por coisas ruins, como as que eles devem ter passado. Eles me apoiam, perguntam se eu estou namorando e respeitam as minhas escolhas”, disse.
E prosseguiu: “Já vi muitos comentários no Instagram dizendo que eu ia ser lésbica porque os pais são gays, mas se dependesse dos meus pais, eu ia ser o hétero mais hétero do mundo, eu ia gostar de homem, porque a vida inteira eu vi eles falando de homens bonitos e isso e aquilo. E outra: os meus pais queriam que eu fosse a princesinha. Então, não tinha sentindo nenhum eu ser ‘sapatão’”.
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Com a fama que ganhou ao trabalhar na novela de João Emanuel Carneiro, Karolina aproveita a visibilidade para atuar em defesa da comunidade LGBTQ+: “Hoje em dia, eu sou muito mais ativista. Aqui em Campo Grande, vou na Parada Gay, tenho um trabalho com a casa que abriga homossexuais despejados de casa. É uma causa muito linda. Eles fazem sarau, eu toco e canto. A casa em que eu toco (como DJ) é uma casa LGBT. E sempre que eu posso, eu divulgo as drags”.
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A atriz comemora ser ela mesma, sem precisar fingir: “São poucas as atrizes que são assumidas, porque elas têm muito medo de rejeição. ‘Ah, dizem que uma sapatão não pode fazer um papel hétero. Quantos anos já faz que essas atrizes têm essa sexualidade? Desde sempre. E por que agora? Porque agora a gente está tendo uma voz que vai contra uma voz que está nos difamando e nos ameaçando. Na época da escola, uns moleques pegavam no meu pé quando eu não queria ficar com eles, mas só. Não sofro preconceito, mas ele existe. Eu só ando com pessoas que eu sei que vão me aceitar do jeito que eu sou”.