Após vídeo vazado provar verdades sobre suposto assédio de Marcius Melhem, clima na Globo é de pavor

Imagens de Marcius Melhem debochando das políticas de assédio da Globo vazam e trazem polêmica à tona novamente

Nesta segunda-feira (22), a coluna do jornalista Léo Dias, do portal Metrópoles, exibiu imagens onde Marcius Melhem, ex-diretor do departamento de humor da Globo, debochava das denúncias de assédio que tem recebido ao longo dos anos.

Tudo aconteceu durante um momento de descontração em uma festa com os amigos, num banho de ofurô e o clima de montanha de Visconde de Mauá: “Não adianta ir reclamar no DAA”, contavam os funcionários da Globo que aparecem na imagem junto à Marcius Melhem.

DAA é a sigla da área de Desenvolvimento e Acompanhamento Artístico da empresa. Um detalhe chama a atenção: o vídeo foi gravado mais de um ano antes que as denúncias de assédio contra o humorista viessem à público. Uma delas feita por Dani Calabresa, que acusou Marcius Melhem de assédio moral e sexual.

Segundo Leo Dias, que conversou com algumas fontes, o vídeo teria sido gravado em 15 de outubro de 2018, dias depois da promoção de Melhem ao cargo de responsável pelos programas de humor da Globo.

DESFECHO DO VÍDEO VAZADO

Agora, Léo Dias afirma que a história repercutiu muito nos corredores do canal, sobretudo porque várias pessoas que aparecem nas imagens seguem contratadas pela Globo. “O clima é de pavor entre os roteiristas que aparecem no vídeo ao lado do ex-chefe”, relatou uma das fontes do jornalista.

A música cantada pelo grupo de funcionários e ex-funcionários da emissora expõe suposto “Podre” da Globo, já que afirma que o departamento responsável pela relação com artistas e o compliance não existe.

A área de compliance de uma empresa é justamente o processo responsável por garantir que uma empresa cumpra a legislação, além de garantir a aplicação de princípios éticos nas tomadas de decisões e a preservação da integridade física dos colaboradores.

ASSESSORIA SE PRONUNCIA

“A defesa de Marcius Melhem esclarece que é absurda qualquer relação entre esse vídeo e denúncias que foram feitas mais de um ano depois. As pessoas que cantam na filmagem estavam fazendo menção a uma festa que foi proibida pela emissora. A comemoração foi então realizada fora da empresa, e o grupo brincava sobre esse fato. Nenhuma relação com denúncias que sequer existiam”.