Uma tragédia familiar ocorrida na região do Piauí virou notícia pelo Jornal Hoje, da Globo, e mortes causadas por um arroz envenenado levantaram um alerta à ANVISA
E em edição do Jornal Hoje, ancorado por Roberto Kovalick, substituto de César Tralli, exibida pela Globo, nesta última terça-feira (07), o país foi paralisado com a notícia estarrecedora da morte de 4 pessoas na região do Piauí após o consumo de um arroz envenenado:
“No Piauí, mais uma pessoa da mesma família morreu após comer um arroz envenenado, essa é a quarta vítima”
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Em seguida, o jornalista pediu ao correspondente Thiago Mendes, o qual estava acompanhando o caso, e deu mais detalhes.
Sendo assim, baseados nessas informações expostas pelo jornalístico, a equipe especializada em fiscalização do TV Foco traz todos eles envolvendo esse grão, nº1 em consumo no país, e o alerta acionado na ANVISA após o ocorrido.
Tragédia em família
No dia 1º de janeiro, em Parnaíba, litoral do Piauí, nove membros de uma mesma família se intoxicaram após comer baião de dois. No total, quatro pessoas morreram, incluindo:
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- Manoel Leandro da Silva, de 18 anos (enteado de Francisco);
- Francisca Maria da Silva, de 32 anos (enteada de Francisca);
- Criança de 1 ano (filho de Francisca);
- Criança de 3 anos (filha de Francisca).
A família havia preparado o baião de dois no dia 31 de dezembro, consumindo-o sem incidentes.
No entanto, na manhã do dia 1º, um casal que realiza ações sociais doou peixes à família, que os fritou para complementar o almoço. Minutos após a refeição, os integrantes começaram a sentir os primeiros sintomas de envenenamento.
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Os investigadores inicialmente concentraram-se nos peixes doados e apontaram o casal beneficente como possível responsável.
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Porém, dias depois, o laudo pericial do Instituto de Medicina Legal (IML) confirmou que o veneno estava no baião de dois e não nos peixes.
Descoberta do veneno
De acordo com o G1, no dia 5 de janeiro, a perícia revelou a presença de grânulos de veneno visíveis em todo o arroz do baião de dois:
- O médico Antônio Nunes, diretor do IML, afirmou que colocaram veneno em abundância em toda a comida.
- Essa descoberta levou a Polícia Civil a tratar o caso como homicídio, descartando a hipótese de acidente.
- Encontraram terbufós, um produto químico proibido e altamente tóxico, nas amostras.
- Utilizam essa substância em pesticidas e na composição do chumbinho.
ANVISA liga o alerta
Toda essa situação trouxe à tona a urgência de uma fiscalização mais rigorosa por parte da ANVISA sobre a comercialização dessas substâncias venenosas e proibidas no país.
Aliás, essa facilidade de acesso a substâncias tóxicas é um problema amplamente conhecido, mas pouco regulado no Brasil.
Mercados informais e locais com pouca fiscalização atualmente vendem pesticidas e rodenticidas, substâncias tóxicas que representam um grave risco à saúde pública.
O que causa o terbufós no organismo?
Ao ser consumido por humanos, o terbufós ataca o sistema nervoso central e a comunicação entre músculos. Ele causa:
- Tremores;
- Crises convulsivas;
- Falta de ar e cólicas.
No entanto, os seus efeitos aparecem pouco tempo depois da exposição ao veneno e podem deixar sequelas neurológicas além da morte, como o caso mencionado.
Considerações finais:
- Nove membros de uma família no Piauí ingeriram baião de dois contaminado com terbufós, um pesticida letal.
- Quatro pessoas faleceram após apresentar sintomas de envenenamento.
- A polícia inicialmente suspeitou dos peixes doados à família, mas a perícia confirmou que o veneno estava presente em todo o arroz.
- O caso é investigado como homicídio, e a ANVISA ligou o alerta sobre a necessidade de ter um maior controle na comercialização de substâncias tóxicas no país.
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