A Anvisa precisou agir às pressas para retirar do Assaí, Carrefour e outros famosos supermercados 10 marcas de azeite que estavam apresentando irregularidades
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem a função de promover a saúde da população brasileira por meio do controle sanitário. Assim, o órgão federal trabalha justamente em prol de garantir a segurança alimentar da população através da fiscalização de produtos e serviços. Tanto que nesta matéria falaremos sobre uma proibição da autarquia contra 10 marcas de azeite.
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O azeite de oliva é um produto cada vez mais presente na mesa dos brasileiros. Entretanto, o cenário de demanda em alta, escassez do produto, alto valor agregado e preços elevados representa a oportunidade perfeita para empresas adulterarem esse produto com a intenção de ampliar a margem de lucro. Para impedir que isso aconteça, a Anvisa tem feito uma vistoria cada vez mais rigorosa.
Assim, nessa publicação falaremos a respeito de 10 marcas de azeite, rivais da Gallo, que foram retiradas às pressas do Carrefour, Assaí e outros supermercados espalhados pelo Brasil. De acordo com informações do portal G1, em 19 de março de 2024 a Anvisa registrou uma medida cautelar contra 10 marcas de azeite. A mesma faz parte dos desdobramentos da Operação Getsêmani.
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Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária os produtos foram tirados de circulação, após identificar um esquema ilícito de importação, adulteração e distribuição de produtos fraudados. Acontece que desde 2020, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) emitiu um alerta para Associação Brasileira de Supermercados com relação aos azeites falsificados.
- Terra de Óbidos;
- Serra Morena;
- De Alcântara;
- Vincenzo;
- Az Azeite;
- Almazara;
- Escarpas das Oliveiras;
- Don Alejandro;
- Mezzano;
- Uberaba.
De acordo com informações do G1, a Operação Getsêmani foi realizada entre os os dias 6, 7 e 8 de março de 2024 nos municípios de Saquarema (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE) e Natal (RN), com a participação da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Polícia Militar de São Paulo. A fiscalização da Anvisa encontrou uma série de irregularidades, como produtos de composição desconhecida.
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POSICIONAMENTO DAS EMPRESAS:
As empresas foram procuradas pela equipe do portal G1 e algumas delas responderam com posicionamentos e se explicaram diante da determinação da Anvisa.
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Fine Foods Trader Brasil
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A Fine Foods Trader Brasil, citada pelo Mapa como distribuidora dos produtos AZ Azeites, De Alcântara, Don Alejandro e Terra de Óbidos, disse que “não há qualquer envolvimento de nossa empresa com esquema ilícito na comercialização de produtos fraudados. Nunca tivemos o nosso nome envolvido em quaisquer atos ilícitos. […]”.
“Somos uma empresa idônea que importa e distribui produtos para as mais diversas empresas e indústrias do segmento alimentício, fomos pegos de surpresa com o uso indevido do nosso nome em produtos adulterados e também que não foram importados e distribuídos por nós. […]”
“Buscaremos compreender, por meio do nosso corpo jurídico do que trata esta acusação, e tomaremos as medidas jurídicas cabíveis contra os responsáveis pelo uso ilegal do nosso nome.”
Focus Comercial Importadora e Exportadora Ltda
A Focus Comercial Importadora e Exportadora Ltda, apontada pelo ministério como importadora de De Alcântara, Don Alejandro e Terra de Óbidos, afirmou que não há qualquer envolvimento da empresa em esquema ilícito de comercialização de produtos adulterados.
“No que diz respeito às marcas ‘De Alcântara’ e ‘Don Alejandro’, esclarecemos que já realizamos importações dessas marcas mediante encomenda da empresa Fine Foods. Contudo, os produtos foram diretamente destinados à Fine Foods, sem qualquer intervenção de nossa parte.”
“Quanto à marca ‘Terra de Óbidos’, nunca realizamos importação desses produtos sendo qualquer relação da nossa empresa com a referida marca, mais uma vez, totalmente descabida.”
TRL Internacional, Importadora e Exportadora Ltda
A TRL afirmou que nunca realizou operação comercial para importação de azeites das marcas Terra de Obidos, Almazara e Escarpa das Oliveiras.
Sobre o azeite da marca Vincenzo, a TRL diz que importou 25.188 unidades, lote nº 19227, sob encomenda. E que o produto “chegou ao Brasil engarrafado, envazado, rotulado e fechado, pronto para consumo” e “foi licenciado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa”. E que, após a nacionalização, a TRL “realizou a remessa de todas as garrafas para a empresa que a contratou, encerrando a atividade comercial da empresa importadora”.
“Após ser intimada pelo Mapa, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, e Procon de Jundiaí, acerca dos supostos problemas de qualidade do azeite de oliva, a TRL prestou todos os esclarecimento e envio de documentos relacionados a importação realizada, deixando clara a sua condição exclusiva de prestadora do serviço de importação para terceiros, ratificando que os produtos por ela importados, a pedido da empresa, chegaram ao Brasil lacrados e foram licenciados pelo órgão competente, afastando qualquer suspeita de relação com o esquema ilícito.”
“A TRL foi usada como meio no esquema para realizar a importação do azeite extravirgem que, posteriormente, foi usado na mencionada multiplicação, além de ter sua razão social impressa em um número desconhecido de rótulos.”
Uberaba supermercados
A Uberaba Supermercados disse ao G1 que o fabricante e o importador da marca de azeite de Uberaba não correspondem àqueles informados pelo Ministério da Agricultura.
“Tudo indica que estamos sendo vítimas também, inclusive de fraude (cópia) de rótulos com nossa marca. […] Já entramos em contato com o MAPA, para esclarecimentos.”
Supermercado Adonai
O supermercado Adonai foi apontado pelo MAPA como um estabelecimento de comercialização azeite Mezzano. A empresa afirmou que retirou esse produto da sua prateleira.
“O produto foi adquirido para única e exclusivamente revenda no varejo, pois é um produto que estava sendo comercializado em redes de supermercados concorrentes no Rio de Janeiro [….]
O Grupo Adonai preza pela qualidade nos produtos vendidos em nossas lojas, bem como pelo bem-estar de todos nossos clientes […] atendemos prontamente à todas as determinações legais, interditando totalmente a venda do produto mencionado em questão de horas, e nos colocamos desde o início à disposição da fiscalização apoiando a interdição, averiguação e retirada de amostras do produto”.
Quais os benefícios do azeite de oliva para saúde?
Segundo o portal oficial do Conselho Federal de Farmácia, os nutrientes do azeite de oliva extra virgem beneficiam várias condições de saúde, inclusive no tratamento de doenças cardíacas e diabetes. Os fenóis da substância são antioxidantes, capazes de proteger as células do corpo de moléculas perigosas e também têm propriedades antimicrobianas. Contribui para o fortalecimento do sistema imunológico e a conter os níveis de açúcar no sangue.