Empresa alimentícia vista como nº1 das donas de casa acabou tendo seus serviços encerrados após venda à rival do mesmo setor e deixou mercados como Assaí e Atacadão no chão com notícia
Ao longo de todos esses anos, a indústria alimentícia e empresas do segmento desempenham um papel crucial para a sobrevivência humana, isso sem falar nas mudanças de mercado que (de certa forma) proporcionam melhorias no mesmo.
Fora isso, elas também são cruciais para viabilizar o nosso acesso aos mais variados produtos que vai desde a escolha nos supermercados até chegar na nossa mesa. Agora, o que muitas donas de casa nem imaginam, são as histórias e desfechos surpreendentes envolvendo essas mesmas gigante, fazendo qualquer um perder o chão …
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Inclusive iremos relembrar neste domingo o desfecho de uma das empresas mais importantes desse setor, que mesmo após encerrar seus serviços ainda tem presença e impacta os principais mercados como Assaí e Atacadão.
Trata-se da histórica Ceval Alimentos, fundada ainda em 1974 cuja propriedade pertencia a família Hering, nome bem comum pra quem conhece o setor têxtil.
Uma empresa de destaque
De acordo com o portal Origem das Marcas, aproximadamente 20 anos depois da sua fundação, em 1992, a empresa ultrapassava a marca do bilhão de dólares em faturamento, número esse que poucas corporações brasileiras atingiam na época.
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A própria Hering Têxtil, berço do grupo, tendo então já completados 100 anos, mantinha-se na casa dos 300 milhões de dólares.
Durante os dezenove anos em que manteve célere o ritmo de crescimento, a Ceval não conseguiu imprimir em suas unidades uma personalidade única, mas esse “problema” era mascarado pela agilidade com que ia ao mercado adquirir frigoríficos, abatedouros, armazéns e indústrias.
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Localizada no município de Gaspar, a poucos quilômetros da sede do grupo Hering, em Blumenau, Santa Catarina, a empresa viu nesse período, sua capacidade de produção multiplicar-se dezenas de vezes graças a uma série de aquisições, construções e ampliações.
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Seara, a sua até então marca de alimentos industrializados, em apenas quatro anos, saiu do oitavo para o terceiro lugar do mercado, com 8% das vendas (dados do início de 1993), atrás apenas da Sadia e da Perdigão.
Emplacar uma nova marca de alimentos nunca foi fácil, mas a Ceval conseguiu agir rápido com a Seara.
O primeiro frigorífico foi arrematado pelo grupo nos anos 80 e logo se tratou de encorpar a produção. Em apenas dois anos, de 1988 a 1989, a Ceval incorporou meia dúzia de frigoríficos, como o La Villette, de São Paulo, e a avicultura Contibrasil, do Paraná.
Começando a desacelerar …
Porém a voracidade pela qual a Ceval se apresentou ao mercado, no entanto, deu uma abaixada. Em 1992, a empresa fez uma pausa para respirar e arrumar a casa.
Passou a suspender os investimentos e vulto. Internamente, uma reforma administrativa cortou dezessete cargos de direção e eliminou as diretorias adjuntas, deu mais poder aos gerentes e reduziu de 13.000 para 11.000 funcionários o quadro de pessoal.
Promoveu também o Programa de Qualidade Total e as 16 filiais estaduais ganharam mais autonomia para conceder descontos e prazos de pagamento de entrega de produtos.
Vale destacar que na época, a Ceval também detinha outras marcas como o óleo de cozinha Soya, as margarinas Bonna, All Day e entre outras.
Venda à Bunge
Porém, de acordo com o portal Folha de. S. Paulo, no ano de 1997 a Ceval foi vendida para a multinacional Bunge, uma de suas maiores rivais da época, pela qual foi “engolida“, ou seja, integrada à marca no ano de 1998
A venda ocorreu pelas mãos do grupo Hering, que possuía 79,5% do capital votante da companhia e 39,2% do capital total, vende a Ceval, a maior esmagadora brasileira de soja, para o grupo Bunge e a queridinha marca Seara foi junto.
O faturamento da Ceval em 1996 foi de 1,8 bilhão de dólares e essa venda girou entre 550 e 700 milhões de dólares, conforme exposto pelo Origem das Marcas.
Vale mencionar que a compra da Ceval Alimentos pelo grupo argentino Bunge foi confirmado com a grande expectativa de crescimento anunciada em vários relatórios de analistas de investimentos na época.
Vale destacar que não foram encontradas manifestações da Ceval sobre a sua venda à Bunge.
Quem é dono da Seara e a Soya hoje, marcas queridinhas do Atacadão e Assaí?
Após todos esses desdobramentos, uma notícia acabou deixando o setor no chão, ainda mais mercados que costumam ter as principais marcas da citada marca em suas gôndolas e geladeiras.
A marca Soya permanece sendo parte do portfólio da gigante Bunge até hoje e é considerada uma das mais confiáveis linhas de óleos de girassol e variaveis.
Já a Seara foi revendida novamente ao Grupo Marfrig em 2009, ficou no controle da mesma até meados de 2013 e depois foi comprada pela JBS por R$ 5.5 bilhões naquele mesmo ano.
Vale destacar que, apesar de ter sido repassada muitas vezes, a Seara segue sendo uma das mais fortes em frigoríficos e seus produtos possuem uma reputação inabalável,