Atacada por “bolsominions” e “petralhas”, Globo ensina concorrentes a fazer jornalismo
04/05/2019 às 20h56
A Globo continua sendo, indiscutivelmente, o maior veículo de comunicação do país. Assistida por milhões de brasileiros todos os dias, o canal também é constantemente atacado por questões políticas, seja por “bolsominions”, seja por “petralhas”. Essa dualidade prova, de certa forma, a imparcialidade do canal no jornalismo.
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Se em outros momentos da história, como no apoio à Ditadura Militar, o canal claramente pendeu pra um lado da balança, atualmente consegue incomodar tanto quem está à direita quanto quem está à esquerda. Dadas as circunstâncias, com um governo claramente destro, o primeiro grupo é o que mais monta sua artilharia contra o canal atualmente.
O atual Presidente da República, Jair Bolsonaro, por exemplo, não concede entrevistas à emissora. Após assumir o governo, o político já conversou de maneira exclusiva com as suas preferidas, Record e SBT, e também com outros canais menores, como Band e RedeTV! Com a Globo, nenhum segundo.
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Seus seguidores mais fanáticos compram fácil o discurso de parcialidade que é levantado pelo staff do capitão e prometem consecutivos boicotes à emissora dos Marinhos. Como sempre aconteceu, são inúteis, já que não acabam impactando na audiência final registrada pela emissora.
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As desculpas para “odiar” a Globo são muitas, mas a maior delas é referente a questões morais. O canal estaria fazendo de tudo para derrubar o atual presidente por adotar uma linha mais “progressista” em seus programas de entretenimento.
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O que não enxergam é que a emissora, em conjunto com a Globo News, é uma das que mais trabalha esclarecendo os telespectadores a respeito de um tema que é visto como primordial para o sucesso do governo Bolsonaro: a Reforma da Previdência. No canal pago, por exemplo, é sempre deixado explícito pelos comentaristas o fato de que a medida é essencial para o ajuste das contas públicas do país.
Se hoje a Globo leva pedradas principalmente da direita, há cinco anos o cenário era outro. A esquerda, que sempre detonou a emissora por causa do apoio aos militares e hoje até faz elogios ao canal carioca, ainda bradava o datado canto de guerra “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”.
Os inúmeros escândalos de corrupção envolvendo líderes máximos da esquerda, como o ex-Presidente Lula, além da cobertura ampla da crise econômica iniciada no começo do segundo mandato da ex-Presidente Dilma Rousseff, só pioraram a relação entre as partes. A direita, na época, aplaudia cada resposta mais inflamada do Jornal Nacional aos ataques de líderes do Partido dos Trabalhadores.
As concorrentes, hoje claramente pró-Bolsonaro, também não agiam com parcialidade. Dilma Rousseff, em suas duas eleições, concedeu primeiro entrevistas à Record. Edir Macedo, hoje aliado do atual presidente, era carne e osso com os líderes petistas.
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Os ataques que recebe dos dois lados (principalmente do que está no poder) mostra que a Globo, revendo o que já lhe rendeu duras críticas em sua história, se preocupa em apresentar um jornalismo imparcial, mesmo que vez ou outra esteja carregado ideologicamente em temas polêmicos, como porte de armas, aborto e outros.
O verdadeiro jornalismo não incomoda apenas um, mas ambos os lados. É essencial mostrar o que é notícia, se aprofundar em denúncias. É, sim, importante dedicar grande parte dos noticiários tanto a Lula quanto a Flávio Bolsonaro.
As opiniões aqui retratadas são de responsabilidade de seu idealizador.
Autor(a):
Fernando Lopes
Apaixonado pelo mundo da televisão, Fernando Lopes escreve sobre o assunto no TV Foco desde 2013.