O jornalista Ricardo Boechat que faleceu vítima de um acidente de helicóptero no último dia 11 de fevereiro, recebeu uma missa celebratória em sua memória. Cerca de 200 de familiares, amigos e fãs se reuniram no o rito ecumênico em homenagem a Boechat que ocorreu na Igreja Santa Mônica, no Leblon (zona sul do Rio) na manhã deste sábado (16). Veruska Boechat fez um discurso emocionante e Ticiana Villas-Boas parceira do jornalista na bancada do Jornal da Band compareceu.
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Bastante comovidas, Veruska Seibel Boechat e Mercedez Boechat, mulher e mãe do jornalista, respectivamente, estavam na primeira fileira dos assentos na basílica. Paula, Valentina e Catarina, filhas de Boechat, também estavam presentes na igreja.
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Veruska Seibel publicou em suas redes sociais o texto que leu na missa em memória de seu marido, Ricardo Boechat, que foi escrito pelo próprio e trata do tema “Solidariedade”. A celebração aconteceu ontem, em São Paulo. Ela dedicou a publicação a “todos que têm dado conforto à sua família”. Mais cedo, ela publicou uma outra foto em que suas duas filhas aparecem abraçadas, aparentemente brincando com outras duas meninas. “Dizem os sábios que os primeiros registros a respeito do amor surgiram ainda na pré-história. Os estudiosos admitem que, em algum momento, por volta de 1.500.000 antes de Cristo, esse sentimento sublime aflorou no coração de nossos mais remotos ancestrais, ou foi por eles, então, percebido. Desde então, a força do amor vem inspirando os homens em suas mais profundas crenças e criações. Sua densidade infinita levou-nos à devoção de deuses, concebidos ante a certeza de que algo tão elevado só poderia ter surgido de instância divina. Na nossa escala de valores, naquilo que cultivamos, geração após geração, ele é a fonte e a razão da própria vida. Sem o alimento que ele fornece, nem religiões, nem artes, nada, enfim, existiria. Esse protagonismo, entretanto, merece uma provocação. O tempo nos fez, também, evoluir. E aquilo em que nos transformamos permite que nos perguntemos se o amor, a despeito do tanto que é e sempre foi, seria, de fato, a mais elevada expressão do que somos como espécie. Será o amor o sentimento que mais nos caracteriza? Aquele que melhor nos distingue dos outros seres da Natureza? Se ele surge espontaneamente; se não depende de nossas decisões quando floresce ou morre, pode, então, estar no topo dos valores que reverenciamos? Nada contra o amor, claro. Sou um apaixonado crônico. Mas penso que essa primazia não cabe a ele e, sim, à solidariedade. Este é, também, um sentimento. E um sentimento que não existe sem o amor. Mas a solidariedade vai além. É o sentimento associado à ação. É o que floresce como amor, porque somos o campo fértil dessa semente, mas que prospera se estendemos a mão ao próximo, àquele que precisa de nós. É o ato racional, e, por isso mesmo, essencialmente humano. É o gesto de estender a mão, de acolher o semelhante, de dividir o pão. Sermos solidários é demonstrar capacidade de transformar o amor em atos. É fazermos jus ao que temos de melhor.”
O texto emocionou seguidores.
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Quem compareceu à cerimônia também foi Ticiana Villas-Boas, parceira do jornalista na bancada do Jornal da Band durante sete anos.
Com uma foto do programa da cerimônia, a jornalista fez homenagem ao colega. “Boechat deixa um buraco, um vazio impossível de ser preenchido. Ele é a exceção do ditado que diz que ninguém é insubstituível. BOECHAT É INSUBSTITUÍVEL. Missa linda oferecida pela esposa, filhas e dona Mercedes”, escreveu.