Ator elogia cena de sua morte e rebate ‘histórias confusas’ da novela das 9

Juca de Oliveira já se despediu da atual novela das 9 da Globo, O Outro Lado do Paraíso. O ator ganhou uma despedida especial escrita pelo autor do folhetim, Walcyr Carrasco.

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Em conversa com o Uol, o intérprete de Natanael elogiou a cena de sua morte, o autor da novela, o diretor geral e, como não poderia deixar de ser, a colega de trabalho Gloria Pires.

“A cena é um acerto de contas dele com ele próprio, e com a Duda, que é a grande vítima da ambição, da falta de caráter dele. É uma cena riquíssima. De um modo geral, essas cenas de acerto de contas, a parte final do grande conflito, são as cenas mais ricas. As suas possibilidades são infinitamente maiores do que cenas simples. Você procura fazer no limite da sua possibilidade, e fica torcendo para que tenha ficado bom”, afirmou Juca.

Ela ainda comentou o resultado no ar da morte de Natanael: “Eu assisti. Fiquei satisfeito com a cena, ficou boa. E fiquei muito feliz também com o papel. [Tenho que] Agradecer ao Walcyr Carrasco. Maurinho [Mauro Mendonça Filho, diretor artístico] que é um profundo conhecedor da televisão. Pra não falar na Gloria Pires, a grande paixão da novela, uma estrela absolutamente genial. Foi um trabalho extremamente prazeroso em todos os pontos de vista”.

Ela ainda defendeu a novela de ‘coisas estranhas’ e ‘sem sentido’ que vêm acontecendo: “Não é uma surpresa [a volta de um personagem morto], isso existe em toda dramaturgia o tempo todo. Não acho absolutamente nada de extraordinário. Tanto é que a audiência está alta, não é? Vamos supor: se você tivesse feito determinado tipo de solução dramática que fosse considerada eventualmente absurda ou fora de propósito, consequentemente a audiência deveria baixar. Não é absolutamente isso que acontece, as pessoas estão vendo cada vez mais”

Ele ainda declarou que não acha que os atores mais velhos sejam esquecidos pelas novelas: “Eu acho que toda novela tem elenco veterano. Os idosos acabam sempre trabalhando de uma forma relativamente igual aos jovens. Evidente que o número de jovens é infinitamente maior, por isso o número maior de papeis jovens que para idosos. Você veja, eu estou sempre trabalhando, o Lima [Duarte] está sempre trabalhando, a Laura está sempre trabalhando, não é verdade?”, perguntou.