Ator que viveu 27 delegados na TV revela qual o seu preferido

Ricardo Pavão. Foto – montagem/Uol.

Alguns atores acabam se ‘especializando’ em viver padres, algumas atrizes freiras… e há também os delegados. Certamente ninguém viveu mais delegados na telinha do que Ricardo Pavão.

Ele, que está na atual novela das 6 da Globo, disse que, em uma determinada época, chegou a estar no ar em três novelas da Globo ao mesmo tempo.

Mas sobre os delegados, Ricardo comentou: “Já fiz 27 delegados. Na Band, na Manchete, na Cultura. Só não fiz no SBT, porque nunca trabalhei lá. Na Globo fiz um montão, devia me aposentar pela Secretaria de Segurança Pública”, brincou ele, que tem mais de 40 anos de carreira.

Ele ainda disse que o delegado que mais o marcou não foi na Globo, mas, sim, na Record (em Chamas da Vida, o delegado Fausto) e acrescentou: “Delegado é função, delegado tem nome. Então cada um você vai tentando uma coisa, eu já fiz delegado que falava bem quietinho assim. Nunca fiz delegado corrupto, e espero não fazer, não gosto muito de trabalhar com esse material”.

Ele ainda comentou algumas aventuras por ter vivido tantos delegados: “Uma curiosidade de fazer delegado é que você visita muitos cenários. Você não fica preso em um canto só. Você vai no cenário dos outros, atrapalha muito a vida dos outros, faz a história andar, então é divertido. Já dei muito tiro, já andei de helicóptero, já capotei de carro”, disse ao Uol. E acrescentou: “Já fui até confundido com polícia de verdade”.

Atualmente interpretando um vilão, Ricardo comentou: “Fazer o outro lado é uma delícia. O Vasco vai fazer coisas tão horrorosas que eu estou chamando ele de ‘Asco’”. Em breve, ele será capanga de Delfina.

Ele, que esteve em Eta Mundo Bom e Sol Nascente, falou sobre a sua agenda lotada na Globo, muito tempo atrás: “Teve um ano, antes de existir internet, que eu estava ao mesmo tempo nas três novelas: das 18h, das 19h e das 20h. Estava precisando de dinheiro e eles eram meio desatentos naquela época. Hoje em dia não é assim, não seria possível”.

Ricardo lembrou que atuou nas duas versões de Irmãos Coragem, e sonha em achar cenas da primeira versão em que ele apareça: “Na primeira versão, eu tinha vinte e poucos anos. Na segunda, eu era o dono da adega onde os irmãos se reuniam”.

E falou, sobre raramente ter papéis importantes nas tramas: “Não existem pequenos papéis, existem pequenos atores [risos]. Não tenho o menor problema, tenho que trabalhar, faço o que vier. Tem dias que você faz um prédio grande, em outros, uma casinha de cachorro”.