Ator revela inspiração e medo ao aceitar papel em nova série da Netflix
17/03/2018 às 17h20
Vivendo Roberto Ibrahim na série O Mecanismo, da Netflix, o ator Enrique Diaz revelou preocupações com o personagem, que é real e baseado no doleiro Alberto Youssef.
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“Para mim, aceitar o papel foi uma preocupação muito grande, porque [a Lava Jato] é um negócio vivo. Eu me propus a pensar na série como uma dramaturgia mesmo. Há uma trama policial, com seus atrativos e estilo. E eu separei isso do real, porque quem está produzindo a narrativa de O Mecanismo são o [criador] José Padilha e a [roteirista] Elena Soarez. Eu estou fazendo só o meu trabalho”, disse Diaz ao jornalista Luciano Guaraldo.
E estimulou: “Os telespectadores precisam pensar com as próprias ferramentas. Não podem encarar a narrativa como se fosse documental, precisam decidir o que fazer com as informações. Eu achei um lugar em que consegui fazer o papel sem ter que me preocupar com mais nada”, explicou ele.
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Para a construção do personagem, Diaz deixou claro que não se inspirou em Youssef. “O ator busca referências em vários lugares. Eu poderia inspirar o personagem em você, no meu irmão, no meu vizinho. A fidelidade a uma pessoa só [Youssef] não é um discurso que faz sentido para mim”.
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Ele ainda elogiou o reteiro da história: “O texto da Elena já trazia uma certa perspicácia, uma safadeza no comportamento. E eu acho que jogar com a dubiedade e com a complexidade sempre vai ser mais interessante para mim e para o público”, contou Enrique.
A relação dos dois é “uma mistura de Tom e Jerry com Caim e Abel”, disse Diaz sobre o personagem de Selton Mello, o delegado Ruffo, que é seu ex-amigo de infância e tenta prendê-lo. “Essa dinâmica entre eles me agrada muito, porque independe do fundo político, poderia acontecer em qualquer outro contexto”.
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Sobre o trabalho na Netflix, ele disparou: “Estamos vivendo uma revolução. Você se lembra de quando a TV a cabo era novidade? (risos) Então, senti uma tentação, não da vaidade de estrear em 190 países ao mesmo tempo, mas de experimentar essa novidade”.
E acrescentou: “Quando você vê A Casa de Papel, conhece vários atores espanhóis. A mesma coisa com séries dinamarquesas, norueguesas, coreanas… É muito interessante esse intercâmbio”, disse ele, que se declarou fã de idiomas diferentes. “Acho curioso ouvir línguas que não entendo, observar a atuação só pelas expressões e entonações”.
A estreia da série é dia 23 de março.