O comercial do Banco do Brasil visava representar a diversidade racial e sexual, com foco no público jovem, a campanha publicitária foi vetada pelo atual presidente Jair Bolsonaro. O comercial estava nas telinhas desde abril e foi retirado do ar no último dia 14, a atitude tomada pelo presidente decepcionou os atores presentes na campanha.
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“Isso foi censura, foi um desserviço ao mercado de comunicação. A diferença incomoda, né. É um retrocesso sim, sem dúvidas, mas na verdade é algo que está no presente. O pensamento atrasado é o padrão de muitas pessoas”, disse uma das atrizes presentes nas gravações, Melanie Swidrak.
A jovem ainda falou que ficou impressionada ao ver um elenco tão diversificado. “Finalmente vi diversidade no casting. Foi visível que teria todos os tipos de modelos e corpos. Isso deveria ser constante na publicidade. Mas o que posso dizer é que esse tipo de atitude [do presidente] chamou muito mais atenção do que se não tivesse sido vetado”, disse Melanie.
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Mister Prav, dançarino e ator africano, também se pronunciou sobre a ocasião. “Eu não esperava, mas acho que o presidente deu sua ordem e temos que aceitar querendo ou não. Sou apenas um estrangeiro vivendo da minha arte fora de casa. Sinceramente espero que situações como essa não voltem a acontecer e que o Brasil possa crescer mais, pois é uma grande nação”, disse em reportagem.
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Gabriel Morgante usou suas redes sociais para mostrar sua indignação, ator e drag queen desabafou: “É com grande indignação e decepção (mas decepção essa, esperada) que questiono à vocês: é sério que os limites do discernimento do “representante máximo da nação” não existem? É sério que tamanho retrocesso, ignorância e censura seja declarada em pleno 2019? Que a arte e a diversidade resista sempre! Eu como ator, gay, drag queen e artista lutarei sempre para que as vozes oprimidas sejam ouvidas”.
Durante a repercussão, o diretor de marketing Delano Valentim foi demitido pelo presidente do Banco do Brasil, Ruben Novaes, à pedido do presidente Jair Bolsonaro, que teria feito uma ligação para Ruben segundo informações do jornal O Globo.
Em sua defesa, Novaes justificou que a decisão foi um consenso, porém, outras pessoas que acompanharam o processo, revelaram que Ruben não tinha visto a campanha até a ligação de Bolsonaro.
Segundo matéria da folha de São Paulo, as empresas estatais agora terão que submeter previamente à avaliação da Secretaria de Comunicação Social as campanhas publicitárias que tem como finalidade o mercado.
Veja o comercial