Atriz de Malhação: Vidas Brasileiras, onde interpreta Úrsula – vítima de gordofobia -, Guilhermina Libanio falou sobre sua estreia na TV, a trama da Globo e o preconceitos que ainda existe com obesos na sociedade.
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“É um grito que eu estava precisando dar nesse momento. Gordofobia não é frescura, não é brincadeira”, afirmou Guilhermina em entrevista ao TV Foco. “O preconceito está nas pessoas que acham que eu sou doente porque eu sou gorda. Está nas cadeiras de avião que são muito apertadas”, disse a atriz, que desejar trazer “amor próprio e respeito” com sua personagem. Confira a entrevista na íntegra a seguir.
Como você entrou para o elenco de Malhação? Já havia feito testes para estar em uma novela antes?
Eu fui indicada pra fazer o teste. Nunca havia feito teste pra novela antes, mas esse teste foi um presentão. Não só porque eu passei e estou fazendo esse personagem, mas porque não foram apenas 15 minutos. Nós passamos duas semanas fazendo uma oficina com a Cris Moura. Todo o processo foi muito bonito!
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A Úrsula marca sua estreia na TV. Como se sente?
Me sinto muito honrada de estar representando tantas meninas. Principalmente em um trabalho liderado por mulheres tão incríveis. É maravilhoso estrear com uma equipe tão dedicada e atenciosa. Esse trabalho é muito especial e bonito pois estamos falando sobre assuntos importantes pra jovens que estão em formação e serão o nosso futuro.
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A gordofobia ainda é pouco debatida na dramaturgia. Como é para você trazer o assunto para discussão?
Trazer esse assunto pra ser debatido é muito importante pois é um grito que eu estava precisando dar nesse momento. Gordofobia não é frescura, não é brincadeira. É preciso falar sobre o preconceito, sobre o bullying que pessoas gordas sofrem e sobre a falta de representatividade nas passarelas, nas revistas e na TV também.
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Você já foi vítima de preconceito? Se sim, te traumatizou ou você superou sem problemas?
Não que eu me lembre. Mas eu acho que o preconceito está em ir a uma loja e não ter a roupa do meu tamanho, entende? O preconceito está nas pessoas que acham que eu sou doente porque eu sou gorda. Está nas cadeiras de avião que são muito apertadas. O preconceito existe quando ignoram a existência de pessoas gordas.
Qual mensagem você espera passar ao público com a Úrsula?
Amor próprio e respeito. Eu quero que a pessoa que faz o bullying reflita sobre o peso das palavras que ele está dizendo e quero que as vítimas aprendam a se amar assim como a minha personagem está aprendendo. Empoderamento, amor próprio são conquistas diárias. É trabalho de formiguinha. Cada dia que passa você vai se amando e confiando mais no seu potencial.