Falência de duas grandes empresas acabaram deixando milhares de consumidores no chão e situação levanta alerta para as demais quanto a buscar inovar
Nos últimos anos, o cenário global foi profundamente marcado por uma onda de falências empresariais, intensificada pela pandemia de COVID-19.
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O impacto econômico gerado pela crise sanitária resultou no fechamento de milhares de negócios ao redor do mundo, inclusive aqui no Brasil, expondo a fragilidade de muitas empresas diante de mudanças abruptas no comportamento dos consumidores e das cadeias produtivas.
Aliás, para muitos, a pandemia foi o golpe final em modelos de negócios já enfraquecidos, acelerando o colapso de empresas que não conseguiram se adaptar ao novo contexto.
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Ao analisar mais a fundo, no entanto, percebemos que a pandemia não foi a única causa do insucesso dessas empresas.
Erros fatais:
Em diversos casos, o declínio começou bem antes da crise sanitária, motivado por decisões estratégicas equivocadas como:
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- A resistência em inovar;
- A falta de leitura das transformações do mercado;
- Negligência frente aos novos anseios dos consumidores
Todos esses fatores podem ser fatais para empresas, do pequeno ao grande porte.
Tanto é que negócios que outrora eram líderes em seus setores ficaram presos a práticas ultrapassadas, abrindo espaço para concorrentes mais ágeis e inovadores.
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Diante disso, a equipe do TV Foco, especializada em economia, a partir de informações divulgadas pelo portal Start-se, separou 2 desses casos, cujas falências deixaram milhares de consumidores sem chão.
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1- Blockbuster- do auge à queda
Há cerca de duas décadas, visitar uma locadora de filmes fazia parte do cotidiano dos amantes de cinema.
Nesse cenário, um nome que se destacou foi a Blockbuster, fundada em 1985, em Dallas, por David Cook.
Inicialmente equipada com tecnologia para a época, como scanners de código de barras, a empresa transformou a experiência de locação em algo acessível e eficiente.
Em poucos anos, ela expandiu agressivamente, chegando a 9 mil lojas em 9 países no auge de sua operação.
No Brasil, a Blockbuster marcou a vida de gerações ao democratizar o acesso a filmes e jogos.
Suas unidades traziam não apenas uma ampla variedade de títulos, mas também um ambiente que se tornava ponto de encontro e lazer.
Essa presença global fez dela uma das maiores referências na indústria do entretenimento físico, consolidando um modelo de negócios que, por anos, parecia imbatível.
Como a Blockbuster foi “atropelada” pela Netflix?
Em poucos anos, ela expandiu agressivamente, chegando a 9 mil lojas em 9 países no auge de sua operação.
No Brasil, a Blockbuster marcou a vida de gerações ao democratizar o acesso a filmes e jogos.
Suas unidades traziam não apenas uma ampla variedade de títulos, mas também um ambiente que se tornava ponto de encontro e lazer.
Essa presença global fez dela uma das maiores referências na indústria do entretenimento físico, consolidando um modelo de negócios que, por anos, parecia imbatível.
Como a Blockbuster foi “atropelada” pela Netflix?
Mas, por trás do declínio da Blockbuster, está uma história de resistência à inovação.
Isso porque enquanto ela focava na expansão de suas lojas físicas, a Netflix surgia como uma startup disruptiva em 1997, oferecendo o aluguel de DVDs por correio e, posteriormente, o revolucionário serviço de streaming:
- 2000: A Blockbuster recusou uma oferta para comprar a Netflix por US$ 50 milhões. Na época, a Blockbuster tinha mais de 7 mil lojas, enquanto a Netflix registrava apenas 420 mil assinantes;
- 2007: A Netflix lançou sua plataforma de streaming, enquanto a Blockbuster insistia no modelo físico e atrasava sua entrada no mercado online.
- 2010: A Blockbuster declarou falência com uma dívida de US$ 1 bilhão, enquanto a Netflix atingia 16 milhões de assinantes e consolidava sua liderança no mercado digital.
A insistência da Blockbuster em priorizar as lojas físicas, mesmo quando o mercado apontava para uma transformação digital, foi fatal.
Já a Netflix, ao perceber as mudanças nos hábitos de consumo, adaptou-se rapidamente, investindo em tecnologia, algoritmos de recomendação e produções próprias.
Porém, no Brasil, a Blockbuster começou a enfrentar dificuldades muito antes da falência global.
As lojas foram encerrando suas atividades gradativamente, com o golpe final em 2010, quando o último estabelecimento fechou suas portas.
A partir desse momento, a empresa perdeu totalmente sua relevância no mercado brasileiro, que já se inclinava para o consumo digital.
3- Kodak – caída no esquecimento
A Kodak, fundada em 1889 por George Eastman em Rochester, Nova York, é considerada um marco na história da fotografia.
Desde a criação do primeiro rolo de filme e câmera de fácil manuseio até inovações como o filme a cores Kodachrome e o desenvolvimento da câmera digital, a empresa transformou a forma como as pessoas capturavam e guardavam suas memórias.
Conquistas e impacto global:
- Na década de 70 ela já dominava 90% do mercado de filmes e 85% do mercado de câmeras nos EUA.
- Empregava 100 mil pessoas e gerava lucros bilionários.
Isso sem falar nas inovações como:
- Primeira câmera portátil (Pocket Kodak).
- Filme colorido em massa (Kodachrome)
- Primeira câmera digital;
- Desenvolvimento de tecnologias para a indústria cinematográfica e médica (como o microfilme e avanços em análise de radiação).
No Brasil, a Kodak chegou a ser sinônimo de fotografia, com uma forte presença comercial e um impacto direto na popularização da fotografia amadora e profissional.
Quando a Kodak faliu?
Embora tenha criado a câmera digital, a Kodak relutou em lançar a inovação no mercado por medo de canibalizar seu principal negócio de filmes fotográficos.
Esse erro estratégico abriu espaço para empresas como Canon, Sony e Fuji dominarem o mercado emergente de câmeras digitais.
A crise global da Kodak, culminou em sua falência no ano de 2012, afetando também suas operações no Brasil, encerrando oficialmente suas operações e deixando de ser uma referência nacional em fotografia.
Mas, apesar da falência, ela não deixou de existir totalmente, no entanto, ela foi “jogada no limbo”, sendo apenas “uma sombra do que foi” – Conforme exposto pelo Start-se.
Ao procurar pelas manifestações de ambas as empresas a respeito das falências especificamente, as mesmas não foram encontradas. Porém, o espaço permanece aberto, caso queiram expor a sua versão dos fatos.
Mas, se você quer saber mais sobre outras falências envolvendo grandes empresas, clique aqui*.
Considerações finais:
Em suma, a resistência à inovação e a incapacidade de se adaptar às mudanças do mercado levaram gigantes como a Kodak e a Blockbuster à falência.
Ambas as empresas, outrora líderes em seus setores, foram incapazes de acompanhar a evolução tecnológica e os novos hábitos de consumo, abrindo espaço para concorrentes mais ágeis e inovadores.
Entretanto, esses casos servem como um alerta para outras empresas sobre a importância de se manterem atualizadas e de estarem dispostas a transformar seus modelos de negócios para sobreviverem em um mercado cada vez mais competitivo e dinâmico.