Atuando na novela das nove, atriz revela que já foi confundida com empregada de namorado

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Erika Januza (Foto: Reprodução/Globo)

homem branco e mulher negra sorridente abraçados em meio a uma paisagem

Erika Januza e Caio Paduan interpretam Bruno e Raquel (Foto: Divulgação/Globo)

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A atriz Erika Januza está vivendo a personagem Raquel na atual novela das nove O Outro Lado do Paraíso. Erika é vítima de preconceito na trama de Walcyr Carrasco por ser negra, empregada, pobre e namorar o filho da patroa, um rapaz branco e com dinheiro.

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Na vida real, Erika garante que não é tão diferente assim. Em conversa com o jornal Extra, a atriz lembra que já foi confundida com a empregada da casa de um ex-namorado. “Eu toquei a campainha e estava esperando abrirem a porta para mim, quando chegou o jornaleiro e disse: ‘Já que você está aí, entrega para o seu patrão’. Olhei para ele e disse: ‘Não é meu patrão, é meu namorado, mas pode deixar que eu entrego’. E isso não tem muito tempo”, revelou.

Ela dará a volta por cima (Foto: Raquel Cunha/Globo)

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Ela aproveitou para levantar algo curioso. “Para ver como o preconceito, muitas vezes, está no próprio negro. E, olha, eu entendo. É tanto tempo sem representatividade, tanto tempo vendo as mesmas coisas que as pessoas começam a ficar desacreditadas que podem ser diferentes, estar em posições diferentes. E, na boa, quem nunca ouviu coisas de preconceito do próprio negro? Confesso que não consigo ter essa paz de espírito e deixar pra lá. Fico bem nervosa. Ao mesmo tempo, acho que a gente vem tomando mais consciência das coisas”, disse.

Em recente entrevista ao jornalista Daniel Castro, Erika contou sobre o seu dia a dia. “Sofri [preconceito] a vida inteira e ainda sofro. No dia a dia, eu já passei por muitas coisas. Há uns cinco meses, por exemplo, um cara brigou comigo no sinal e falou: ‘Tinha que ser neguinha mesmo’. Na hora, me deu um ódio tão grande que eu não consegui reagir. É muito doído”.

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O fato de ser atriz tem amenizado todo esse preconceito. “A questão de agora ser atriz ameniza um pouco, mas o preconceito velado às vezes é pior do que o explícito. A pessoa te encara de cima a baixo, fica olhando de rabo de olho. Ela nem precisa falar nada, porque você sente”.

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