Nos Tempos do Imperador é a novela das 18h da Globo, e enfrentou uma polêmica após citar o racismo reverso
Única novela inédita da Globo no ar, Nos Tempos do Imperador acabou ganhando um spoiler do próprio autor, Alessandro Marson. Tudo aconteceu nesta quarta-feira, 03, após o parceiro profissional de Thereza Falcão citar uma polêmica durante uma conversa com a atriz e autora Suzana Pires, no Clubhouse.
O famoso contou que tem corrido contra o tempo para acertar alguns erros em cenas da novela das 18h que já foram gravadas. Segundo ele, tais mudanças ocorreram depois da consultoria de Rosane Borges ser acionada por conta das críticas pelas cenas onde é citado o racismo reverso.
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“Desde o início a gente teve a consultoria do Nei Lopes, que é um catedrático da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e é uma das maiores autoridades no movimento negro. Ele leu todos os capítulos, que a gente produziu e apontava coisas, tal”, iniciou o autor de Nos tempos do Imperador.
Porém, no dia 21 de agosto, a novela mostrou uma cena onde dom Olu (Rogério Brito) rejeitou receber Pilar (Gabriela Medvedovski) como moradora na Pequena África, visivelmente por ela ser branca. O ocorrido deu o que falar e gerou um grande reboliço na web.
“A novela passou por um período no início bastante conturbado. Entrou depois do Nei uma nova pessoa que é a Rosane Borges e leu todos os capítulos e assistiu. A gente trocou muito e foi muito rico, essa troca com ela. A gente conseguiu chegar num período de mais calmaria”, frisou Marson, após a consultoria em meio às críticas.
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Por sua vez, o autor de Nos Tempos do Imperador expôs o lado positivo do erro. “Foi um momento de crescimento e muito aprendizado. Eu acho que algumas coisas, alguns temas, a gente tem que ter extremo cuidado”, comentou.
SPOILER
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Em dado momento da conversa, Marson acabou falando mais do que devia e trazendo à tona uma parte da trama da Globo. De acordo com ele, não haverá um final com Isabel (Giulia Gayoso) assinando a Lei Áurea (1888).
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“A gente acaba Nos Tempos do Imperador com a Guerra do Paraguai, que é 1870. A abolição foi em 88, então, vão faltar ainda 18 anos para abolição. O arco dramático da novela é a guerra. Então, a gente teve um momento de preparação, depois vai para essa segunda fase em 64, que é o ano do casamento das princesas, que é o mesmo ano da invasão do Mato Grosso, pelo Solano López (1827-1870) que vai acontecer daqui a pouquinho”, disse.