Equipes de produção, direção e elenco de O Tempo Não Para que estão trabalhando na cidade de São Paulo abriram espaço no roteiro de gravação para, na manhã desta terça-feira, dia 12, para bater um papo conceitual com a imprensa. Ao autor Mario Teixeira e ao diretor artístico Leonardo Nogueira, se uniram os atores Juliana Paiva, Nicolas Prattes, Cleo Pires, Edson Celulari, Rosi Campos e Christiane Torloni, dos núcleos protagonistas da novela.
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Na trama, o público vai acompanhar a história de uma família congelada em 1886 e que desperta nos dias de hoje na cosmopolita capital paulista, pano de fundo da obra. Depois de passar 132 anos congelada, a família Sabino Machado vai se deparar com uma São Paulo pulsante e turbulenta, e vai protagonizar inúmeras situações que demonstram choques de diversas naturezas diante da sociedade contemporânea. Mario abriu o encontro ressaltando o tom realista e bem-humorado com que escreve a história e constrói esses conflitos.
“O Tempo Não Para é uma comédia de comportamento. Acredito que rir é a solução para muita coisa. E, de uma forma leve e divertida, vamos lançar luz sobre os choques de emoções e relações principalmente. A visão dos personagens congelados é, muitas vezes, o que as pessoas pensam hoje. As coisas podem até mudar, mas o ser humano continua igual”, disse o autor.
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Já para o diretor Leonardo Nogueira, a história pede uma forma muito ágil de dirigir e gravar as cenas: “Essa é uma novela de muita movimentação. Raramente, fazemos uma cena com os personagens sentados. Porque esse choque de épocas alimenta a obra toda, o tempo todo. A cada momento, um personagem congelado vai acordando e trazendo com ele um novo olhar, um ponto de vista particular, uma nova maneira de ver o mundo, que é o que queremos instigar no nosso público.”
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A protagonista Juliana Paiva era só alegria ao falar de sua Marocas. Para a atriz, é um grande desafio compor uma personagem do século XIX que vem parar no século XXI, principalmente por se tratar de uma moça de personalidade forte e de vanguarda. “Estou apaixonada pela Marocas. Ela já era abolicionista e, se estivesse aqui hoje, certamente estaria indo para as ruas nas manifestações. O pai a criou como um varão por não ter tido filho homem. Ela é uma menina forte”, disse.
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Nicolas Prattes vive Samuca, o primeiro a se aproximar do bloco de gelo que chega à praia do Guarujá com os “congelados”. Na trama, Samuca vê uma fissura que ameaça partir o bloco e, no ímpeto de salvar Marocas, se agarra ao pedaço do iceberg em que ela está. Eles são puxados pela corrente e chegam à fictícia Ilha Vermelha. É lá onde acontece o primeiro contato.
O ator gravou sequências em alto-mar e está na maior expectativa pelo romance do casal: “A primeira cena em 2018 é o encontro de Samuca e Marocas. Ele está surfando e não sabe quem é aquela moça. Ele vê o bloco com as pessoas congeladas e sabe que tem que tomar uma atitude. É o tipo de empresário, de pessoa, que acredita nos outros, que coloca o ser humano em primeiro lugar”.
Já Cleo Pires dá vida à antagonista Betina, noiva de Samuca no início da história. A atriz destacou o perfil de sua personagem e apostou que ela fará de tudo para não perdê-lo para Marocas. “A minha personagem sempre foi muito parceira do Samuca, seu grande amor. De repente, chega uma menina congelada e o “rouba” dela. E isso tudo, o desenrolar dessa trama, é extremamente interessante”, comentou.
Edson Celulari e Rosi Campos interpretam Dom Sabino e Agustina, os pais de Marocas. Os atores acreditam bastante na importância do processo de preparação, em que tiveram curso de comportamento, linguajar e etiqueta do século XIX, além de aulas de voz, prosódia e preparação corporal. Edson, que completa 40 anos de carreira neste ano, também destacou seu personagem: “O conflito de gerações sempre rendeu muito na dramaturgia e o que vive Dom Sabino, meu personagem, é muito realista e rico para a história. Para ele, me preparei muito com aulas de boas maneiras: como sentar, como comer, como andar”.
Rosi endossa o comentário de Edson: “Eu estudei em colégio de freiras, falava latim nas missas. Olhar com mais calma para toda essa modernidade hoje é um exercício gostoso pra mim. O que aprendi, a minha tradição, já é muito diferente do que vivemos atualmente. Então, tudo o que aprendemos antes de começar a gravar foi especial para a composição de nossos personagens.”
Christiane Torloni, a Carmen, mãe de Samuca na trama, pontuou a relevância da mensagem do texto. “A novela vai trazer uma reflexão muito importante. Essa vida 24h que levamos hoje em dia é uma imposição do nosso tempo, um tempo em que tudo é muito veloz. O humor aparentemente não tem a pretensão de ensinar nada, mas ele leva ao coração todas essas questões”, finalizou a atriz.
O Tempo Não Para, próxima novela das sete, escrita por Mario Teixeira e com direção artística de Leonardo Nogueira, tem previsão de estreia para o segundo semestre. A obra conta com colaboração de Bíbi Da Pieve e Tarcísio Lara Puiati, e direção-geral de Marcelo Travesso e Adriano Melo.