“A personagem da atriz Camila Pitanga, engravidou de forma clichê” (Foto: Carol Caminha/Gshow)
Podemos resumir os primeiros capítulos de “Babilônia” desta forma: 1) Personagens bem-sucedidos, de apresentação e interpretação. 2) Está faltando recheios: romance, sutileza e comédia). 3) Acima do peso para um público tão conservador e meio “isso não existe”.
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As atuações mereceram aplausos. Beatriz (Glória Pires), o público perdeu a conta com quantos ela transou, gemeu e traiu. Com uma quase Carminha e uma vontade de ser rica, se dar bem, guardar fotos estilo Cora, mas, com marido, versão traição e com tumor cerebral, a Inês (Adriana Esteves) foi apresentada. Uma personagem que pode formar uma das duplas mais aterrorizantes da década. Beatriz, precisa ir além da ambição e sexualidade.
“Beatriz (Glória Pires), o público perdeu a conta com quantos ela transou, gemeu e traiu” ( Foto: Divulgação )
Regras de roteiro são a base para uma boa e identificável história. Um amor, inveja ou rejeição, ou até mesmo embate mal resolvido com outro personagem fizeram falta nos capítulos inicias. Inês tem a ambição de ser rica e tem inveja da Beatriz, porém, a ex-amiga de infância e juventude, também quer continuar na riqueza e manter seu glamour, ter mais poder.
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A falta de comédia foi outro fator que incomodou. A personagem da atriz Camila Pitanga, engravidou de forma clichê e se apaixonou da mesma forma. “O público não quer mais os personagens se apaixonando logo de cara”, afirmou o autor João Emanuel Carneiro. Ironias bem elaboradas, frases diretas, não é suficiente para boa comédia. Fugir um pouco da realidade ou brincar com ela ficou falando em “Babilônia”.
“nenhuma novela pode terminar o capítulo do nada” ( Foto: Divulgação )
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A falta de alguns ganchos, também deixou a desejar. Hoje, nenhuma novela pode terminar o capítulo do nada. É preciso gerar as duas célebres frases: não deveria ter acabado agora. Já acabou?
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A filha batendo na mãe (devolvendo o tabefe) foi desnecessário e constrangedor, sem contar que não mexeu na estrutura. A novela precisa de mais doçura e interligações dos seus núcleos.
Texto do leitor Gerson Limoeiro, editado por Cleomar Santos
