Decreto do Banco Central atinge correntistas que investem em conta poupança mesmo após confirmação do presidente Lula
Vista como um dos investimentos mais seguros, inúmeros brasileiros optam pela poupança devido ao rendimento e até a isenção no imposto de renda. Mesmo com os benefícios, os correntistas foram pegos de surpresa com um novo decreto do Banco Central.
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Nesta terça-feira, 20, iremos falar sobre o novo decreto da instituição financeira, que atinge em cheio os correntistas que deposita na poupança Caixa, BB e outras, mesmo após uma confirmação do presidente Lula.
No dia 31 de julho deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 10,50% ao ano por decisão unânime. O fim do ciclo de cortes ocorreu em junho deste ano, época em que a taxa chegou a 10,50%.
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De acordo com informações do portal G1, a decisão de manter a Taxa Selic em 10,50% foi unanime. A decisão não surpreendeu o mercado financeiro, que já esperava pela decisão, mas ocorreu mesmo após as críticas de Lula.
Há alguns meses, Lula tem feito apelos e, muitas vezes, atacado ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para que os juros caíam, segundo o portal Poder 360.
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Em junho, durante uma entrevista à rádio CBN, Lula confirmou que o Banco Central não estava realizando os cortes necessários para ajudar na economia do país.
“Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada”, disse o presidente, que continuou:
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“Um presidente que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político, e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar do que para ajudar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está”, afirmou Lula.
MUDANÇA NA TAXA
Em agosto do ano passado, o Copom passou a iniciar o ciclo de cortes na Taxa Selic. Na época, o juros estavam em 13.75% ao ano. Ao todo, foram sete cortes seguidos.
Em agosto, o comitê do Banco Central chegou a emitir um comunicado sobre o fim do corte devido ao atual cenário das contas públicas, que pode gerar alta na inflação se a Selic cair.
“O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, disse a nota.
De acordo com o portal Poder 360, o comitê também teria optado por manter a Taxa Selic em 10,50% ao ano devido ao rumo da inflação.
As projeções para 2025 e 2026 estão em alta e pararam de convergir para o centro da meta de 3%.
“O cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela”, disse o comunicado do Banco Central.
INFLUENCIA NA POUPANÇA
A Taxa Selic afeta diretamente nos rendimentos da conta poupança e em outras taxas de juros do país, como empréstimos, financiamentos e aplicações, de acordo o portal do Estadão.
A conta poupança possuí o rendimento ligado a taxa básica de juros, seja de qualquer instituição financeira.
Desse modo, o rendimento possuí duas variáveis: quando o juros está cima de 8,5% e quando estiver igual ou abaixo de 8,5%.
- Acima de 8,5%: A rentabilidade da poupança é 0,5% ao mês mais a taxa referencial (TR), que está em 2% no acumulado dos últimos 12 meses;
- Igual ou abaixo de 8,5%: A rentabilidade da poupança corresponde a 70% da Selic mais a taxa referencial.
Mesmo com a taxa estabilizada, inúmeros correntistas ficam atentos aos rendimentos da poupança.
Pensando nisso, Michael Viriato, estrategista da Casa do Investidor, realizou um levantamento ao portal CNN.
Em 12 meses, o rendimento da poupança será de 7,37% em uma aplicação de R$ 1.000. Mas, essa não é a melhor opção de investimento, segundo o especialista.
Por fim, outros investimentos possuem a rentabilidade maior, por exemplo, na mesma aplicação, o CDB de banco grande rende 7,49% e o Tesouro Selic rende 8,16%.
Como tirar dúvidas no Banco Central?
E por falar no Banco Central, é comum que alguns correntistas tenham dúvidas de como entrar em contato com o Banco Central.
De acordo com informações do portal oficial, o cidadão pode falar com a instituição através do “fale conosco”, pela internet, ou pelo número 145 das 8h às 20h para tirar suas dúvidas.