BBB20: Familiares de Thelma afirmam que sister sofre racismo na casa

24/03/2020 às 4h01

Por: Melissa Ferrarezi
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Thelma do BBB 20 (Foto: Globo)
Thelma do BBB 20 (Foto: Globo)

Thelma do BBB20 (Foto: Globo)

A sister Thelma pode ter sido alvo de comentários racistas dentro do confinamento do reality da TV Globo

Thelma Assis, participante do BBB20, é a única mulher negra do reality ao lado de Babu, único negro. Os dois tem alguns papéis de representatividade muito fortes perante a sociedade. Recentemente, Thelma contou alguns detalhes de sua vida para a cantora Manu Gavassi e o jornal Extra foi até a família da médica para contar essa história.

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A médica foi rejeitada pela mãe biológica e adotada com apenas três dias de vida pela funcionária pública aposentada Yara Assis, hoje com 70 anos, e o gráfico Carlos Alberto de Assis, que haviam perdido um bebê.

“Ela chegou a mim muito frágil e raquítica. Tanto que, se ela tivesse num berçário para adoção, ninguém ia querê-la”, contou em entrevista a mãe de Thelma e disse que aos sete anos, a sister desconfiou de não ter nenhuma foto de sua mãe grávida.

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Em agosto, em meio ao processo para entrar no “BBB”, Thelma perdeu o pai, após uma batalha contra um câncer no pulmão que vinha acontecendo há nove anos. A médica mora com o marido e um cão de estimação.

Denis Cord e Thelma se conheceram há onze anos em um ponto de ônibus quando a médica retornava para casa de um ensaio da escola de samba. Na prova do líder de semana passada, a sister cantou o hino da escola várias vezes enquanto ficava em pé durante 26 horas na prova de resistência. Thelma é passista há mais de uma década.

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“Ofereci uma bala e ela aceitou a bala de um estranho (risos). Foi amor à primeira bala”, lembra o fotógrafo, que na época era mecânico. Os dois se casaram com um festão em 2016, com direito a drone, banda ao vivo, e vestido de noiva de princesa, do jeito que Thelma sempre sonhou e mais um dos muitos que ela conseguiu realizar. “Estávamos planejando ter filho, mas aí veio o ‘BBB'”, diz Denis, que já perdeu as contas de quantas vezes viu a mulher sofrer preconceito racial.

“É racismo estrutural, velado. Desde ela ser enquadrada na 25 de março, ser confundida quatro vezes numa mesma loja como funcionária do local, e de colegas não a reconheceram como médica, só como auxiliar. Nos hospitais, quando ela entra na sala, com o jaleco, sempre perguntam se ela é técnica ou enfermeira, e nunca se ela é médica”, conta Denis, que completa: “Mas ela não abaixa a cabeça e fica revoltada”.

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