Grande aposta da Record na faixa das 19h30, Belaventura entra em sua última semana de exibição na emissora. O derradeiro capítulo irá ao ar na próxima sexta-feira (26), e os resultados, em termos de audiência, não são nada satisfatórios.
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Em entrevista ao site Purepeople, o autor Gustavo Reiz comentou sobre o fracasso do folhetim, e destacou os problemas externos que a produção enfrentou em sua reta inicial. “Estreamos fora da TV a cabo, com mudanças na grade, época de festas, férias, não foi um período tranquilo”, declarou o autor, também lembrando o fato do folhetim ter sido lançado com os capítulos totalmente escritos como algo que impede ajustes que poderiam alavancar a audiência. “A novela fechada perde, de fato, sua principal característica, que é a possibilidade do autor ajustar a trama de acordo com o que vê no ar ou com a resposta do público. A única possibilidade de manobra é a edição, o que acaba comprometendo a estrutura dos capítulos”, afirmou.
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Apesar dos baixos índices, Gustavo fez questão de ressaltar a qualidade do folhetim medieval e de outros fatores positivos conquistados pela trama. “Contamos uma boa história e oferecemos algo diferente ao público. Os atores me escreviam com frequência, surpresos e empolgados com tantas viradas de trama. Houve um envolvimento muito grande por parte de toda a equipe”, disse. “A novela foi elogiada pela crítica, é sucesso comercial, desperta grande interesse do mercado internacional. E o telespectador que acompanha certamente se envolve com os mistérios, as histórias de amor, as referências aos grandes clássicos”, declarou.
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O autor ainda comentou sobre as semelhanças entre Belaventura e Deus Salve o Rei, atual novela medieval da Globo: “Recebo muitas mensagens pelo Twitter a respeito dessas semelhanças. O fato é que sempre há semelhanças em trabalhos que abordam um mesmo período histórico. Principalmente porque as fontes (restritas) costumam ser as mesmas: as histórias clássicas, o imaginário popular, os relatos de viajantes, as pesquisas acadêmicas”. “Como historiador, torço para que surjam cada vez mais produções sobre diferentes períodos da História”, encerrou.
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